Comparado ao ano passado, o primeiro semestre de 2023 registrou queda nos crimes violentos em Mato Grosso do Sul, como mostra os dados de estatística da Sejusp (Secretária de Estado de Justiça e Segurança Pública). A maior redução é notada no feminicídio, que caiu 58,33% no período.
O índice de homicídio se comparam entre janeiro e dezembro, uma média de 23 a 45 crimes do tipo. Enquanto o semestre de 2022 registrou 228 mortes, neste ano foram 165 boletins de ocorrência do gênero.
O último caso foi registrado na noite de sexta-feira (30), com o assassinato de Dorvalino Alves da Costa, de 79 anos, encontrado morto na residência, na Rua Nazaré, no bairro Noroeste, em Campo Grande. Ele teria lutado contra o assassino.
Contra mulheres, os crimes de feminicídio e violência doméstica tiveram redução nos primeiros seis meses. Apesar de não ter explicação para o fenômeno, houve estabilização das mortes contra o público, variando de um a dois casos por mês, somando 10 vítimas. Enquanto a média no ano passado era de três a cinco, totalizando 24.
Recentemente, Brenda Possidonio de Oliveira, de 25 anos, foi assassinada pelo companheiro após uma discussão. O autor a esfaqueou no pescoço, na frente do filho dela. A criança ainda quis ajudar a mãe, tentando estancar o sangue que jorrava do pescoço, mas Brenda morreu na calçada da casa da vizinha, no Bairro Vila Nathalia.
Outro caso registrado na última semana do mês, um guarda municipal foi preso, no bairro José Abrão, acusado de agredir a ex-namorada. O caso está sendo investigado.
Crimes de estudo subiram 3,12%, saltando de 1.026 casos para 1.058. Conforme a polícia, na sexta-feira (30), homem de 35 anos foi indiciado por estupro de vulnerável, crime que cometeu contra a sobrinha, de 12 anos. A mãe da menina, de 37 anos, também foi indiciada por maltratar a criança.
Mortes no trânsito
Só na última semana, a imprudência no trânsito causou a morte de onze pessoas, em rodovias e ruas do Estado. Houve aumento de 0,78% na comparação com o semestre de 2023, de 126 para 127. Em Campo Grande, cinco vítimas faleceram em colisões. Entre os últimos casos, Miryan Lemes Torquato, de 22 anos, foi atingida pela porta de um carro, caiu e foi atropelada por um caminhão na Rua Cacildo Arantes, Chácara Cachoeira.
A garupa de uma moto, Vilma Pereira Delmondes Almeida, 57 anos, morreu em um acidente com duas motocicletas na manhã desta sexta-feira (30), no Bairro Nova Lima. Ela estava na garupa da motocicleta do namorado seguindo pela Rua Marquês de Herval e a outra motocicleta com mais dois ocupantes no sentido contrário. Na colisão, eles caíram e ela foi atropelada por um ônibus.
Na rodovia BR-060, no anel viário de Campo Grande, Evaldo Mesquita Frazão, de 45 anos, morreu ao invadir a pista contrária e bater em um caminhão boiadeiro que seguia para São Gabriel do Oeste.
Furto e roubo
Mais recorrentes, os crimes de roubo e furto registraram aumento de 82,67 e 9,83, respectivamente. Anualmente, os meses de janeiro e março, com mais feriados, tem os maiores índices de casos em Mato Grosso do Sul. Já os casos de estelionato caíram de 6.817 para 5.986, o que significa redução de 12,17%.
Latrocínio, o roubo seguido de morte, pontuou queda de 40%, de cinco vítimas em 2022 para três neste ano. Morte a esclarecer, os registros onde a tipificação do crime, quando não natural, acontece após laudo da perícia, houve aumento de 580 para 629, sendo alta de 8,45%.
Mortes com intervenção do Estado
De acordo com as estatísticas, as mortes com intervenção do Estado, por exemplo, em confronto policial, saltou 205,88%, com 17 mortes no ano passado para 52 neste semestre. O último caso aconteceu na região das Moreninhas, em Campo Grande, quando um pistoleiro que estava com fuzil e colete balístico entrou em confronto com policiais na Rua Camaçari e na troca de tiros morreu. O rapaz seria o autor do assassinato de Renan de Camargo Candido, de 23 anos, na noite do dia 4 de março deste ano, no Jardim das Macaúbas, em Campo Grande. No corpo dele havia 16 marcas de tiros.
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