Tenente-coronel Carlos da Silva foi convocado ao serviço ativo da PMMS (Polícia Militar de Mato Grosso do Sul). A publicação foi feita no Diário Oficial do Estado desta terça-feira (6) e reportado pelo site Midiamax.
O militar foi afastado após ser preso em operação do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado). Ele era acusado de integrar a Máfia dos Cigarreiros, mas foi absolvido em 2021.
Ainda conforme noticiado na época, o tenente-coronel foi preso em maio de 2020 e ficou mais de 150 dias detido. Ele acabou afastado das funções, depois foi liberado para aguardar o julgamento em liberdade.
Assim, em agosto de 2021 o militar foi absolvido. O tenente-coronel volta à ativa com salário fixo de R$ 25.794,03, conforme dados do Portal da Transparência.
Denunciado pelo Gaeco
O grupo criminoso que o militar era suspeito de integrar foi acusado de receber propinas entre R$ 10 e R$ 150 mil. Ainda conforme a acusação, a conduta dos oficiais era de alta gravidade.
A operação foi realizada em maio de 2020 e comandos foram trocados, já que os oficiais presos foram afastados.
Operação Avalanche
A operação cumpriu mandados em Campo Grande, Coxim, Sidrolândia, Naviraí, Aquidauana e Dourados. Todos os alvos tinham bom trânsito político, salários mensais na faixa dos R$ 20 mil e posições de comando na Sejusp (Secretaria Estadual de Justiça e Segurança Pública).
Conforme noticiado na época, foram presos ex-comandante do DOF (Departamento de Operações de Fronteira), Kleber Haddad Lane, tenente-coronel Carlos da Silva, tenente-coronel Wesley Freire de Araújo, tenente-coronel Josafá Pereira Dominoni, major Luiz César de Souza Herculano, tenente-coronel Jidevaldo de Souza Lima e tenente-coronel Erivaldo José Duarte.
Operação Oiketicus III
A operação Avalanche foi um desdobramento da Oiketicus, com cumprimentos de mandados em várias cidades do Estado. Assim, em Dourados, a casa do comandante do 3º Batalhão foi alvo de cumprimento de mandado.
O comandante foi levado para o batalhão de polícia da cidade e contra ele havia um mandado e prisão. Já a primeira fase da Oiketikus foi desencadeada pelo Gaeco e Corregedoria Geral da Polícia Militar em 2018 e prendeu cerca de 29 policiais.
Estes foram denunciados por corrupção passiva e organização criminosa, por integrarem a chamada “Máfia dos Cigarreiros”. As investigações iniciaram em abril de 2017 e apontaram que policiais militares de Mato Grosso do Sul davam suporte ao contrabando.
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