Publicado em 09/03/2020 às 13:01, Atualizado em 09/03/2020 às 11:03
A decisão da Arábia Saudita vem na esteira do fracasso das negociações entre a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) e a Rússia sobre o tamanho da produção da commodity.
Os preços dos contratos do petróleo recuavam mais de 20% na noite deste domingo, dia 08 de março, na maior queda diária desde 1991, depois que a Arábia Saudita cortou o valor de venda do barril e indicou o início de uma guerra nas cotações.
A decisão da Arábia Saudita vem na esteira do fracasso das negociações entre a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) e a Rússia sobre o tamanho da produção da commodity.
A Rússia se opôs ao corte de produção sugeridos pela Opep para estabilizar os preços da commodity em meio à epidemia de coronavírus, que desacelera a economia global e afeta a demanda por energia.
Já na madrugada desta segunda-feira (9), por volta das 3h (horário de Brasília), o petróleo do tipo Brent cedia US$ 13,07, ou 28,87%, cotado a US$ 32,20 o barril. Já o WTI recuava US$ 13,03, ou 31,56%, a US$ 28,25 o barril.
Na abertura dos negócios no mercado asiático, o preço do petróleo do tipo Brent chegou a recuar 31%, no maior tombo desde a Guerra do Golfo (1990 e 1991).
Segundo a Agência Reuters, a Arábia Saudita, maior exportadora de petróleo do mundo, planeja aumentar a produção acima de 10 milhões de barris por dia (bpd) em abril, após o atual acordo para restringir a produção entre a Opep e a Rússia - conhecida como OPEP + - expirar no fim de março.
A Arábia Saudita também reduziu o preço oficial de venda do barril para abril entre US$ 6 e US$ 8 dólar o barril.
"O avanço do coronavírus trouxe pânico para o mercado de petróleo", diz o sócio fundador do Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE), Adriano Pires. "O preço do petróleo nesse patamar deve provocar um estrago nas economias. O tamanho desse estrago vai depender por quanto tempo os preços ficarão nesse patamar."
Fonte - G 1