O jornal francês Libération colocou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na capa de sua edição desta 6ª feira (23.jun.2023) com o título “Lula, a decepção” e com alegações de que o mandatário seria um “falso amigo do ocidente”.
A crítica se dá especialmente pelos posicionamentos do petista frente à guerra na Ucrânia. “O presidente brasileiro não é o precioso aliado que imaginávamos, especialmente quando se trata de ostracizar o novo pária do Ocidente: a Rússia, culpada de uma invasão intolerável da Ucrânia”, diz o jornal.
O convite a Nicolás Maduro para participar de uma reunião de presidentes da América do Sul em Brasília também não foi visto com bons olhos. A publicação questiona se Lula não tem conhecimento dos abusos cometidos na “República Bolivariana do Autoritarismo”.
A publicação afirmou que, no cenário internacional, Lula era esperado como um “messias”, mas tratava-se de uma miragem ou uma imagem embaçada. As dificuldades do presidente brasileiro com o Congresso também não passam despercebidas.
Segundo o Libération, o petista está com as “mãos atadas pelo Congresso”. “A verdadeira guerra que ele enfrenta ocorre no Congresso e não em Bakhmut [na Ucrânia]”, disse o articulista do Poder360 Thomas Traumann ao jornal.
Apesar das críticas, o Libération diz que a postura de Lula é melhor do que a de seu antecessor, o ex-presidente Jair Bolsonaro.
Esta é a 2ª vez que Lula é criticado por um jornal francês por suas declarações. O L’Express afirmou, em 7 de junho, que a “mágica” diplomática do presidente acabou e que “Lula não é mais Lula”. Os motivos são os mesmos: a guerra na Ucrânia e a proximidade com a Venezuela.
Com informações do site Poder 360
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