Os exemplares da edição de abril/junho da revista "Playboy" na França estão esgotados. A publicação desta última edição é estrelada pela ministra de Economia Social da França, Marlène Schiappa, de 40 anos, que levou a revista a vender todas as cópias em apenas 3 horas após o seu lançamento.
De acordo com a rede de notícias Euronews, mais de 100 mil exemplares foram vendidos, informou Jean-Christophe Florentin, diretor da revista. Em termos comparativos, as vendas mensais da "Playboy" na França são de aproximadamente 30 mil cópias.
Diante do sucesso de vendas, a Playboy resolveu colocar mais 60 mil exemplares à venda na quinta-feira (20). A aparição, no entanto, rendeu críticas de colegas de governo.
Na revista, a ministra posou com várias roupas de grife, deu uma entrevista de 12 páginas sobre os direitos das mulheres e disse que as mulheres devem fazer "exatamente o que quiserem".
A ministra afirmou a um canal de TV local que os corpos de mulheres deveriam ser expostos em qualquer local.
Em uma rede social, Schiappa disse que defende o direito da mulher de fazer o que quiser com o corpo em qualquer lugar e a qualquer momento: "Na França, as mulheres são livres, não importa se isso incomoda os retrógrados e os hipócritas".
A ministra aparece com frequência como convidada em programas de entrevista da TV francesa. Antes de ser política, ela era escritora e publicou livros sobre os desafios da maternidade, saúde da mulher e gravidez.
Em 2018, quando era ministra dos Direitos Iguais, Schiappa conseguiu aprovar leis para tornar ilegal o assédio na rua.
Atualmente, a França vive atualmente uma polêmica envolvendo decisões do governo de Emmanuel Macron, que conseguiu aprovar mudanças na reforma da Previdência. Entre os principais pontos do projeto, está o aumento da idade mínima de aposentadoria de 62 para 64 anos. Entenda na reportagem.
Críticas de colegas do governo
Outros membros do governo francês criticaram a decisão de Schiappa de aparecer na capa da "Playboy". A primeira-ministra Elisabeth Borne disse a Schiappa que a decisão "não foi apropriada, especialmente no período atual".
Sandrine Rousseau, parlamentar do Partido Verde, também questionou a ministra.
Em 2010, Schiappa escreveu um livro com dicas de sexo para pessoas com sobrepeso. Houve críticos que entenderam que o texto dela reforçava clichês ligados a pessoas obesas.
Fonte - G 1
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