Publicado em 25/06/2019 às 07:30, Atualizado em 24/06/2019 às 18:38
A cada 3 dias outros membros devem ser expulsos até que todos os 400 sejam retirados do país.
Depois do motim na penitenciária do estado de San Pedro, no Paraguai, onde 10 detentos morreram carbonizados e decapitados, o governo paraguaio já expulsou do país cerca de 120 membros da facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital).
O ministro Juan Ernesto Villamayor disse que o governo a cada três dias vai expulsar membros da facção criminosa até que todos os 400 presos em penitenciárias do país sejam expulsos. Natanael Ferreira de Oliveira, membro do CV (Comando Vermelho) preso no domingo (23) deve ser o próximo a ser expulso do Paraguai.
Villamayor ainda disse ao site ABC Color que medidas urgentes devem ser estabelecidas para centralizar questões ligadas as facções criminosas no país. Segundo o ministro uma unidade de competência deve ser criada, assim como de terrorismo, para cuidar destas questões no país.
No dia 16 deste mês um motim em uma penitenciária acabou na morte de 10 presos carbonizados e decapitados – todos membros do PCC. Uma guerra entre a facção e o Clã Rotela teria dado início ao massacre.
Vídeos em grupos de WhatsApp circulavam avisando sobre a rebelião. O ministro da justiça paraguaia, Julio Javier, disse que as autoridades já haviam sido ameaçadas antes mesmo do motim acontecer, com vídeos que circularam afirmando que iriam derrubar a penitenciária.
Já na madrugada do dia 20 de junho, policiais paraguaios fizeram uma varredura na penitenciária do estado de San Pedro, no Paraguai. Cerca de 200 policiais entraram na prisão para fazer a varredura do local, onde encontraram várias armas artesanais, celulares e até um pé de maconha em uma das celas.