Nesta sexta-feira, dia 13 de maio, a jornalista Claudia Aguilera, viúva do promotor paraguaio Marcelo Pecci, divulgou uma carta aberta de luto. Pecci foi assassinado na última terça-feira (10), na península de Barú, na cidade colombiana de Cartagena das Índias, onde passava a lua de mel com a esposa.
“Minha família e eu estamos submersos em uma profunda dor pelo assassinato do meu esposo Marcelo Pecci e sua perda irreparável. O luto não é só para seus familiares, mas para todo o país e para a comunidade internacional. Estes últimos dias tem sido difíceis de superar, então por favor respeitem minha privacidade para poder lidar com a dor e também peço respeito para meus familiares, sem deixar de agradecer a meus companheiros e colegas a empatia que me manifestaram.
Reitero que não darei declarações à imprensa. Não obstante, seguirei colaborando com as autoridades nacionais e internacionais em todo o processo de investigação, com quem também me sinto agradecida. Valorizo as demonstrações de carinho e apoio, tanto comigo quanto com o bebê que espero. Que a morte do respeitado e admirado Marcelo Daniel Pecci Albertine encontre justiça e fortaleça a luta contra o crime organizado. No que me concerne, honrarei a memória do meu amado esposo a cada dia pelo resto de minha vida e criarei um excelente ser humano e cidadão, como foi seu pai”, diz a carta, divulgada pelo site ABC Color.
Assassinato na lua de mel
O assassinato do promotor antidrogas do Paraguai, Marcelo Pecci, em uma ilha paradisíaca da Colômbia levou 13 minutos, a partir do momento em que dois pistoleiros alugaram um jet ski, foram ao local e depois devolveram o veículo. As informações são do comissário Nimio Cardoso, da Polícia Nacional.
O planejamento e a precisão usada pelos criminosos fazem parte das investigações feitas pelas equipes colombianas e paraguaias, que acompanham o caso. Segundo o comissário, em pouco mais de 10 minutos os assassinos alugaram o jet ski, colocaram no mar, cometeram o ataque, e voltaram para a costa para devolver o equipamento.
Entre os nomes investigados pela morte do promotor Marcelo Pecci, está o brasileiro de origem libanesa, Kassem Mohamad Hijazi. Ele encabeça uma lista de pessoas que podem ter ligação direta com a execução.
Nas diligências feitas na quarta-feira (11), os agentes da Polícia Nacional do Paraguai fizeram vistorias em penitenciárias paraguaias, como Emboscada e Tacumbú. Além de Kassem Mohamad Hijazi, outros dois nomes também constam na lista dos investigadores que acompanham o caso.
O brasileiro está em processo de extradição para os Estados Unidos, onde é procurado por crimes relacionados à lavagem de dinheiro para o financiamento do terrorismo. Ele foi preso em Ciudad del Este e o promotor Pecci teve uma participação ativa nisso, segundo os agentes da Polícia Nacional e também do Ministério Público.
Na Penitenciária Emboscada chegaram à cela do colombiano Marcelo Raymond Díaz Vélez, que foi preso com mais de 400 quilos de cocaína em Presidente Hayes em 2019. A droga veio da Bolívia e o caso também estava a cargo do promotor.
O local de detenção de Waldemar Pereira Rivas, vulgo Cachorrão, foi outro alvo da polícia paraguaia. Ele está preso pelo assassinato do jornalista Leo Veras, ocorrido em Pedro Juan Caballero. O crime foi investigado por Pecci.
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