Desempenho das universidades públicas e privadas colocou Mato Grosso do Sul em 19º em avaliação nacional, que inclui 26 estados e o Distrito Federal, conforme o RUF (Ranking Universitário Folha) 2023. A pesquisa voltou esse ano, depois de ter ficado suspensa por quatro anos, por conta da pandemia da covid-19.
Nesta 9ª edição do levantamento feito pela Folha de S. Paulo, traz uma avaliação inédita de todas as 203 universidades ativas (públicas e privadas) e dos mais de 18 mil cursos presenciais oferecidos nas 40 carreiras de maior demanda no país.
Desde 2012, a iniciativa da Folha classifica as melhores universidades e cursos. As instituições são avaliadas a partir de cinco indicadores: qualidade do ensino, pesquisa científica, mercado de trabalho, inovação e internacionalização. A nota final chega a 100.
O RUF 2023 avaliou 203 universidades ativas (públicas e privadas) e dos mais de 18 mil cursos presenciais oferecidos nas 40 carreiras de maior demanda do País.
No ranking geral das ativas, a primeira instituição de MS a aparecer na lista é a UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul), que ocupa a 40ª posição, com nota geral de 72,20. Em seguida, está a UCDB (Universidade Católica Dom Bosco), na 73º posição e nota de 56,78; depois, UFGD (Universidade Federal da Grande Dourados), na 74ª colocação, com nota 56,60. As outras são a Uems (Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul), na 112ª posição com nota 44,25, e a Uniderp, na 170ª colocação, com nota 28,27.
No recorte em que se leva em conta somente as universidades públicas, a UFMS fica em 35º, a UFGD em 58º e a Uems em 73º.
No caso do recorte que avalia somente as universidades privadas no País, a UCDB ocupa a 16ª posição e a Uniderp, a 72ª colocação.
Em relação a 2019, no ranking geral, houve pouca mobilidade, porém, a maioria registrou melhora no desempenho. A UFMS estava em 41º e, agora, em 40º; UCDB saiu de 78º para 73º; UFGD de 76º para 74º; a Uems também subiu de posição de 119º de 112º. A exceção foi a Uniderp, que caiu de 159º para 170º.
Brasil – Ao avaliar o desempenho geral de MS, as instituições em atividade no estado fica atrás de outros 18 unidades da federação e do Distrito Federal.
A USP (Universidade de São Paulo) e a Unicamp (Universidade Estadual de Campinas) ganham de novo o 1º e 2º lugares no desempenho avaliado pelas universidades públicas e privadas.
Pela primeira vez, uma universidade do Sul ocupa a terceira posição. A UFRGS (Universidade Federal do Rio Grande do Sul) subiu duas posições. Em quarto lugar, está a UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro), que liderou em 2016 e 2017. A UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais) cai uma posição e ocupa o quinto lugar.
Apenas duas universidades fora do eixo Sudeste-Sul estão entre as dez primeiras. UnB (Universidade de Brasília) e UFPE (Universidade Federal de Pernambuco) se mantiveram, respectivamente, em nono e décimo lugares. Na região Norte, a melhor é a UFPA (Universidade Federal do Pará), na 29ª posição, única da região entre as 50 primeiras.
Entre as privadas, as católicas seguem com as melhores avaliações em ensino, pesquisa científica, inovação e internacionalização.
Considerando apenas as universidades privadas, aparecem no alto as PUCs (Pontifícias Universidades Católicas) do Rio Grande do Sul, do Rio de Janeiro e do Paraná, seguidas pela Unisinos (Universidade do Vale do Rio dos Sinos, do Rio Grande do Sul) e pela Universidade Presbiteriana Mackenzie.
Metodologia - A metodologia atual, desenvolvida em 2012, avalia as universidades a partir de cinco indicadores: pesquisa científica, internacionalização, inovação, qualidade do ensino e avaliação do mercado de trabalho.
Ao todo, são 18 componentes, que, juntos, somam cem pontos. A mais bem classificada é a que recebe maior pontuação. A USP, por exemplo, primeira colocada na lista geral, atingiu 98,85; a Unicamp (Universidade Estadual de Campinas), a segunda, ficou com 98,20 pontos.
Os dados que compõem os indicadores são levantados diretamente pela Folha em bases nacionais e internacionais de periódicos científicos, de patentes (INPI), do Inep-MEC (Censo da Educação Superior e Enade, o Exame Nacional de Desempenho de Estudantes) e disponibilizados por agências estaduais e federais de fomento à ciência.
Dentre os componentes há duas pesquisas nacionais de opinião realizadas pelo Datafolha com empregadores e com professores. A partir desta edição, a iniciativa passa a ter uma base própria de professores especialistas, construída pela Folha, composta por avaliadores e ex-avaliadores do MEC e membros da Academia Brasileira de Ciências.
Os cursos de graduação são avaliados a partir de componentes de mercado e de ensino. Nos cursos de direito, são computados também os percentuais de aprovados em relação aos que fizeram o exame da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil).
Estado - A reportagem do Campograndenews entrou em contato com as universidades de MS citadas na RUF 2023 para falar do desempenho.
O reitor da UCDB, padre José Marinoni, considerou o resultado positivo, já que a UCDB ficou na 2ª colocação com melhor desempenho em MS. "Ano a ano, levantamentos como este da Folha traduzem o esforço de toda comunidade acadêmica e nos animam a continuar nosso trabalho feito a milhares de mãos", avaliou.
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