Publicado em 25/09/2023 às 12:03, Atualizado em 25/09/2023 às 12:06
A aprovação ocorreu durante reunião virtual da Câmara de Ensino (CE) dia 20 de setembro, presidida pela Pró-reitoria de Ensino (PROE)
A Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (UEMS) aprovou na quarta-feira (20) dois novos cursos voltados à população indígena do Estado de Mato Grosso do Sul: o curso de Agroecologia Intercultural para os Povos Indígenas do Pantanal (bacharelado) a ser ofertado na Unidade Universitária de Aquidauana, e o curso de Agroecologia Intercultural, (tecnológico) para Indígenas Apenados em Regime Semiaberto e Indígenas não Apenados de Dourados.
A aprovação ocorreu durante reunião virtual da Câmara de Ensino (CE) dia 20 de setembro, presidida pela Pró-reitoria de Ensino (PROE), responsável pela criação, implementação e acompanhamento dos cursos de graduação. O curso tecnológico ofertado em Dourados será desenvolvido em parceria com a Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD) com recursos provenientes do Ministério da Educação (MEC).
Os cursos serão ofertados em 2024, em convênio com o governo federal, por meio do Ministério dos Povos Indígenas. Serão ofertadas 50 vagas no bacharelado de Aquidauana e 40 vagas em cada curso tecnológico – Amambai e Dourados, por meio de processos seletivos específicos realizados ainda em 2023. A reivindicação por cursos superiores pelos povos indígenas do estado de Mato Grosso do Sul não é recente. A UEMS foi a primeira no Brasil a criar cotas para indígenas. E em algumas Unidades da UEMS constatou-se grande ocupação das vagas oferecidas por pessoas desses povos.
Em 2002 a UEMS ofereceu o primeiro curso específico para indígenas: Curso Normal Superior com turmas em Aquidauana para Terena e em Amambai para Guarani e Kaiowá. A partir daí começou a participação efetiva de lideranças indígenas dentro da UEMS em busca de outras ofertas. Em 2003 com a criação das cotas para indígenas em todos os seus cursos, garantindo 10% das vagas, que vigora até hoje, intensificou-se a participação em eventos, comissões e outras atividades realizadas pelo laboratório Rede de Saberes indígenas, conquistado com recursos da Fundação Ford por conta do protagonismo da UEMS no assunto. Conselheiros aprovaram os projetos pedagógicos na sessão online da Câmara de Ensino da UEMS, presidida pela Pró-reitoria de Ensino. Os cursos atendem indígenas de 3 municípios.