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25/05/2018 às 15:30, Atualizado em 25/05/2018 às 13:56

Trabalhadores em carga e descarga de caminhões de MS são solidários à greve

É preciso mudar o rumo que estamos seguindo, afirma José Lucas.

Mesmo sentindo na carne os efeitos da greve dos caminhoneiros, trabalhadores que fazem carga e descarga de caminhões em Mato Grosso do Sul estão solidários à paralisação nacional, por considerar o movimento como necessário para que Governo e Congresso Nacional se mexam para mudar a política de preços dos combustíveis no país, informa José Lucas da Silva, presidente da Federação Interestadual dos Trabalhadores na Movimentação de Mercadorias de Mato Grosso do Sul e Mato Grosso – Feintramag, com sede em Campo Grande.

“A frase não é minha mas concordo quando dizem que o Brasil tem a maior carga tributária do mundo, para pagar o maior esquema de corrupção do mundo”, afirma José Lucas que, por intermédio de sindicatos espalhados por todo Mato Grosso do Sul e Mato Grosso, empregam centenas de trabalhadores na movimentação de mercadorias e que são solidários à paralisação, mesmo que esta os atinja diretamente.

“O país chegou a um ponto crítico. O povo está cansado de pagar a conta de tudo e de todos. É preciso mudar o rumo que estamos seguindo”, afirma José Lucas que preside também uma central em MS, a CSB (Central dos Sindicatos Brasileiros) e que também é favorável à paralisação dos caminhoneiros.

TRIBUTOS – De acordo com o presidente da Feintramag, a cobrança de tributos no Brasil é uma vergonha. Todo cidadão, segundo ele, precisa “trabalhar” para o Governo por pelo menos seis meses no ano para pagar as elevadas taxas de impostos incidentes sobre os produtos de uso e consumo. Segundo ele, os índices sobre esses produtos são:

Medicamentos 36%; Luz. 45,81%; Telefone 47,87%; Gasolina 57,03%; Cigarro 81,68%; Carne bovina 18,63%; Frango 17,91%; Peixe 18,02%; Sal 29,48%; Trigo 34,47%; Arroz 18,00%; Óleo de soja 37,18%; Farinha 34,47%; Feijão 18,00%; Açúcar 40,40%; Leite 33,63%; Café 36,52%; Macarrão 35,20%; Margarina 37,18%; Molho tomate 36,66%; Biscoito 38,50%; Chocolate 32,00%;; Ovos 21,79%; Frutas 22,98%; Álcool 43,28%; Detergente 40,50%; Sabão em pó 42,27%; Desinfetante 37,84%; Água sanitária 37,84%; Esponja de aço 44,35%; Sabonete 42%; Xampu 52,35%;; Condicionador 47,01%; Desodorante 47,25%; Papel Higiênico 40,50%; Pasta de Dente 42,00%.

MATERIAL ESCOLAR - Caneta 48,69%; Lápis 36,19%; Borracha 44,39%; Estojo 41,53%;. Pastas plásticas 41,17%; Agenda 44,39%; Papel sulfite 38,97%; Livros 13,18%; Papel 38,97%.

BEBIDAS - Refresco em pó 38,32%; Suco 37,84%; Água 45,11%; Cerveja 56,00%; Cachaça 83,07%; Refrigerante 47,00%; Sapatos 37,37%; Roupas 37,84%; Computador 38,00%; Telefone Celular 41,00%; Ventilador 43,16%; Liquidificador 43,64%; Refrigerador 47,06%; Microondas 56,99%; Tijolo 34,23%; Telha 34,47%; Móveis 37,56%; Tinta 45,77%; Casa popular 49,02%; Mensalidade Escolar 37,68%; (ISS DE 5%). Além desses impostos, segundo José Lucas, o cidadão brasileiro ainda paga de 15% a 27,5% de seu salário a título de Imposto de Renda; Plano de Saúde; IPVA, IPTU, INSS, FGTS e tantos outros.

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