Golpistas estão se passando por advogados para conseguir dinheiro de pessoas que tem processos no TJMS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul), contra empresas de telefonia.
Em nota, o TJMS informou que as tentativas de golpes são realizadas por criminosos que acessam o portal do órgão e localizam processos e pessoas que possuem direitos adquiridos na justiça.
No golpe, os criminosos se passam por advogados, inscritos na OAB/MS, encaminham um print da tela do processo e pedem dinheiro em nome do suposto profissional, para custear despesas e liberar o total do valor que o cliente tem para receber em ações.
A administração do Tribunal de Justiça e a direção da Ordem dos Advogados do Brasil de Mato Grosso do Sul, ressaltam que esse procedimento não é utilizado para o levantamento de valores de partes de processos e alerta para que, em caso de dúvidas quanto à veracidade de informações sobre custas e despesas de processos, o cidadão entre em contato com a respectiva vara onde tramita o feito.
Redução de dívidas - No início do mês, o Campo Grande News noticiou outro golpe onde criminosos usam o nome de escritórios de advocacia para aplicar o golpe da falsa cobrança. Os bandidos abordam clientes pelo Whatsapp pedindo pagamentos antecipados via Pix. Em troca, eles teriam a redução de dívidas.
Na época, a reportagem conversou com o delegado Rodrigo Camapum e ele alertou a população para não cair no golpe, cada vez mais comum em Campo Grande.
"O estelionatário usa o ponto fraco das vítimas, dívidas com valores altos, e promete reduzir em 40% ou até mesmo 60% o valor a ser pago", diz.
Camapum disse que o criminoso se passa pelo advogado do escritório onde a vítima é cliente, pede documentações e fornece boletos. O público-alvo dos criminosos são idosos. "Acreditando que pessoas com mais idade não têm acesso a informações. Com propostas mirabolantes de quitação da dívida, os idosos acabam caindo no golpe", explicou.
Dezenas de boletins de ocorrências são registrados semanalmente pelo crime de estelionatário na Capital. O delegado enfatiza ainda que os criminosos andam migrando. "Ladrões que realizavam furtos e roubos estão migrando para o crime de estelionato em que a condenação é menor e o lucro é maior. A pena é de 1 a 5 anos de prisão, no caso do roubo de 4 a 10 anos. Muitas das vezes, os criminosos são de outros estados, dificultando o trabalho da polícia".
Delegado lembra ainda que o advogado contratado pelo escritório não pode entrar em contato com o cliente via telemarketing. "A prática é uma violação ética, não se pode entrar em contato 'pescando' clientes”.
Comentários
Os comentários são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião deste site.