Publicado em 08/08/2016 às 16:02, Atualizado em 08/08/2016 às 17:35
Os juros médios cobrados no cheque especial atingiram em julho 293,79% ao ano, o maior nível desde março de 1999, de acordo com levantamento da Anefac (Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade) divulgado nesta segunda-feira (8).
Isso equivale a taxas mensais de 12,10%, leve aumento em relação ao juro mensal médio de 11,92% registrado em junho (286,27% ao ano).
Já os juros médios cobrados no rotativo do cartão de crédito se mantiveram estáveis em julho em 447,44% ao ano (15,22% ao mês), após sucessivas altas.
As taxas de juros médias para pessoa física subiram para 8,09% em julho, o maior patamar desde setembro de 2003.
O aumento da inadimplência e a inflação pressionada são os principais motivos que provocaram a elevação dos juros em julho, afirma Miguel José Ribeiro de Oliveira, diretor da Anefac.
Segundo ele, a expectativa é que as taxas de juros voltem a aumentar nos próximos meses. "Entretanto sempre existe a expectativa de que o Banco Central possa vir a reduzir a taxa básica de juros (Selic) nos próximos meses, e esse fato pode igualmente contribuir para a redução das taxas de juros das operações de crédito", diz, em nota.
Das seis linhas de crédito pesquisadas pela Anefac, três tiveram aumentos nos juros em julho. As taxas de cartão de crédito ficaram estáveis e as de juros no comércio e empréstimos pessoais concedidos por bancos caíram.
PESSOA JURÍDICA
Os juros médios cobrados de empresas registraram alta em julho, passando para 4,72% ao mês (ou 73,92% ao ano).
As três linhas de crédito analisadas tiveram juros maiores.
No capital de giro, os juros subiram de 2,70% ao mês em junho para 2,73% em julho.
Já a taxa de desconto de duplicatas avançou para 3,19% ao mês. A conta garantida passou de 8,05% ao mês em junho para 8,23% ao mês em julho.(Com informações da FolhaPress).