Publicado em 19/09/2024 às 07:00, Atualizado em 18/09/2024 às 18:46

Suposto uso do Mais Social em troca de votos entra na mira da PF

Sede do Mais Social, do governo do Estado, e casa do coordenador do programa em Nioaque foram vasculhadas nesta quarta-feira por agentes da PF

Redação,
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Agentes da Polícia Federal apreenderam documentos na sede do Mais Social de Nioaque, onde são atendidas cerca de 190 famílias

Faltando 18 dias para a eleição do dia 6 de outubro, a Polícia Federal fez nesta quarta-feira (18) uma devassa no prédio do programa Mais Social na cidade de Nioaque e na residência do coordenador do programa de assistência no município.

A operação ocorreu depois que a Polícia Federal recebeu denúncias de que o servidor público estadual Taliel Vargas Couto de Souza, coordenador do programa em Nioaque nomeado pelo governo estadual em julho deste ano, estaria ameaçando excluir do programa aqueles que não votassem no candidato tucano na disputa, o Doutor Juliano (PSDB)

Os policiais tiveram de chamar um chaveiro porque não encontraram o coordenador do programa para destrancar a porta. Procurada, a Polícia Federal não repassou informações sobre o material aprendido nem sobre as motivações exatas para que a operação fosse desencadeada.

Taliel é primo do atual prefeito de Nioaque, Valdir Couto de Souza Júnior (PSDB), e sua nomeação para o cargo de coordenador do programa social vale desde 15 de julho. Em todo o Estado, o programa atende em torno de 55 mil famílias carentes.

No município de Nioaque são em torno de 190 famílias, que mensalmente recebem um cartão magnético com crédito de R$ 450,00. Com o cartão é possível fazer a compra de produtos alimentícios.

Procurado, o prefeito de Nioaque limitou-se a informar, por mensagem de texto, que “no momento, não tenho conhecimento do teor dos fatos”.