Publicado em 20/06/2023 às 16:14, Atualizado em 20/06/2023 às 18:17
A ação foi realizada entre abril e junho deste ano
Auditores-Fiscais do Trabalho, lotados na Superintendência Regional do Trabalho de Mato Grosso do Sul, constataram 124 adolescentes em situação de trabalho infantil no Estado.
De acordo com a pasta, os adolescentes tinham de 14 a 17 anos, trabalhavam nas áreas da construção civil, marcenarias, serralherias, oficinas mecânicas, venda a varejo de bebida alcoólica, e outras atividades. A ação foi realizada entre abril e junho deste ano.
Conforme a auditoria, esse tipo de trabalho expõem pessoas menores de 18 anos a riscos ocupacionais e repercussões à saúde.
Segundo o levantamento, nos trabalhos em serralherias, os adolescentes estavam sujeitos a acidentes com poeiras metálicas tóxicas como chumbo, arsênico e cádmio, além de estilhaços de metal e máquinas e equipamentos, podendo acarretar em cortes, queimaduras, amputações e intoxicações.
Somente no município de Aparecida do Taboado, 23 adolescentes foram retirados do trabalho infantil, todos encontrados no setor de produção em uma indústria de brinquedos. Segundo a superintendência, ambos trabalhavam expostos a ruídos excessivos, em posturas inadequadas, com movimentos repetitivos e carregamento de peso. Em Campo Grande, capital de MS, outros quatro dos adolescentes foram identificados trabalhando em uma empresa de suinocultura.
A Auditora-Fiscal do Trabalho Maristela Borges de Sousa Saravi, coordenadora Regional de Combate ao Trabalho Infantil, destacou em nota que “os adolescentes trabalhavam em contato com resíduos e dejetos de animais na limpeza dos espaços, na higienização dos porcos recém-nascidos e no descarte dos animais mortos”.
Diante dos fatos, os auditores determinaram o afastamento imediato dos adolescentes da situação de trabalho infantil, garantiram a quitação dos seus direitos trabalhistas e impuseram penalidades administrativas aos exploradores do trabalho infantil.
Com informações do Correio do Estado