Publicado em 30/03/2022 às 12:05, Atualizado em 30/03/2022 às 13:21
A decisão foi assinada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) André Mendonça.
Celia Castedo Monasterio, controladora responsável pela análise e aprovação do plano de voo da aeronave envolvida no desastre da Chapecoense, em 2016, teve a liberdade concedida.
A decisão foi dada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), André Mendonça, nesta terça-feira (29). Agora, Celia aguarda a efetivação do alvará de soltura para sair do presídio.
A funcionária da administração de aeroportos e serviços auxiliares de navegação foi presa pela Polícia Federal e estava no Presídio Feminino de Corumbá (MS) desde 23 de setembro de 2021, quando Gilmar Mendes apontou que ela era "procurada pela Justiça Boliviana para responder pela suposta prática do crime de atentado contra a segurança do espaço aéreo".
A defesa de Celia afirmou que a o governo boliviano não formalizou o pedido de extradição e que a investigada poderá continuar a responder adequadamente e voluntariamente seu processo na Bolívia.
Entenda
Celia foi responsável pela análise e aprovação do plano de voo do avião que caiu perto do aeroporto internacional José Maria Cordova, próximo à Medellin, na Colômbia, em 29 de novembro de 2016. Ao todo, 71 pessoas morreram na tragédia que levava a delegação da Chapecoense e jornalistas para a final da Copa Sul-Americana de 2016.
Na ocasião, Celia teria deixado, de forma fraudulenta, de observar procedimentos mínimos para aprovação do plano de voo da aeronave. Desde 2016, Celia era refugiada no Brasil e vivia em Corumbá, normalmente. A controladora chegou a ter o pedido de refúgio renovado. Celia usou como argumento para o pedido de refúgio "perseguição" na Bolívia após as declarações sobre o acidente.
O plano de voo do avião da Lamia, assinado por Celia, que transportava o time da Chapecoense, mostrou que o piloto decolou da Bolívia para a Colômbia sem combustível suficiente para enfrentar qualquer imprevisto.
A Polícia Federal disse que Celia permanecerá reclusa em Corumbá, onde aguardará os trâmites legais para que seja entregue às autoridades bolivianas.
A defesa da controladora disse que "está tomando ciência sobre o pedido de extradição para saber qual medida tomar para garantir a permanência dela no Brasil".
Com informações do G 1