Estímulo ao setor de transportes pode ser possível com a redução de 20% da carga tributária. A proposta é do Sindicato dos Fiscais Tributários Estaduais de Mato Grosso do Sul (Sindifiscal/MS).
A entidade afirma que isso reduziria apenas em 0,2% na receita total do Estado.
Combalido com altas frequentes no preço do diesel e inflação galopante, o setor criou 820 empregos só em 2022 em Mato Grosso do Sul.
Transportadoras do Estado trabalham com quase 60% dos custos atrelados à alta do diesel, que custa em média R$7,32, de acordo com a pesquisa semanal de preços da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Combustíveis(ANP).
O diretor do Observatório Econômico do Sindifiscal/MS, Clauber Aguiar, comenta que o cenário não é favorável para o setor de transportes.
“Estamos dentro de uma crise mundial, e existem fatores que contribuem para isso, e a previsão para reversão desse quadro é de longo prazo. Então nós temos que tomar ações necessárias para mitigar os impactos negativos".
Em troca as empresas do setor teriam mais condições de investimentos. Segundo ele, é possível estimular o setor, garantindo a geração de empregos a partir dessa redução de impostos.
“É possível ir pontuando dentro dos subsetores desse segmento de transportes, assim, a partir dos benefícios fiscais, dos estudos de onde essa prestação está sendo feita, é viável e ajuda a manter a saúde financeira do estado”.
Doutor em economia Michel Constantino explica que a redução de impostos em um primeiro momento diminui a arrecadação, mas no médio longo prazo é capaz de aumentar a receita.
“Temos o efeito inicial negativo (redução da arrecadação) e efeito futuro positivo, aumento da arrecadação, pois o consumo aumenta com preços mais baixos”, explica.
Hoje o setor de transporte corresponde a mais de 30% do setor de serviços do País. Agrega o modal rodoviário, ferroviário, aeroviário, além de ser responsável por transportar pessoas, produtos e mercadorias.
Geração de empregos
Em 2017 foram gerados 189 mil empregos no setor, em 2018 foram 182 mil, e em 2019 foram 170 mil.
Já em 2020, por conta da pandemia, houve uma queda. Em 2021, o registro foi de 109 mil empregos. Esse ano (2022) até maio, já foram contabilizados no Brasil mais de 35 mil novos postos de ocupação.
Somente em Mato Grosso do Sul, este ano, foram gerados mais de 820 empregos.
O setor de transportes é importante na economia e na arrecadação. Em Mato Grosso do Sul, no setor há enquadradas no Simples Nacional quase 260 mil empresas.
“Em 2020 a arrecadação foi de 189 milhões, cresceu 22% em relação ao ano anterior, com um cenário de inflação de 5%. Em 2021 arrecadou 355 milhões, cresceu 88% em cima do ano anterior. Já em 2022, até maio, houve arrecadação de 145 milhões, que responde por 17% de crescimento em relação ao ano anterior”, contabiliza Clauber.
Com informações do Correio do Estado
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