Publicado em 13/02/2017 às 19:30, Atualizado em 13/02/2017 às 19:00
Segundo levantamento do Simted, o número de salas não liberadas para as matriculas dos alunos do ensino fundamental e ensino médio e a lotação dos professores perfazem um total de 10 salas.
Após recepcionar os alunos em sala de aula, professores da rede estadual de ensino de Nova Andradina reuniram-se nesta manhã de segunda-feira (13) no Simted (Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Nova Andradina) para traçar novas ações que possam evitar o fechamento de salas de aula e o consequente corte de professores nas unidades escolares.
Segundo levantamento do Simted, o número de salas não liberadas para as matriculas dos alunos do ensino fundamental e ensino médio e a lotação dos professores perfazem um total de 10 salas.
Outra situação pendente é com relação a abertura de salas menores, de 15 a 25 alunos, para a inclusão de educandos com algum tipo de deficiência e a contratação de profissionais habilitados para trabalhar com esses alunos, mesmo com laudo do ano anterior.
Como encaminhamento desta assembleia, a categoria afirmou que pedirá aos deputados estaduais para que venham a intermediar uma negociação com o governo do Estado na tentativa de reverter essa medida, que poderá gerar a demissão de 4800 professores convocados em todo o Estado. Outra discussão que permeou a reunião foi com relação ao reajuste do piso salarial nacional de 7,64%, que seria liberado em janeiro e, até o momento, não foi repassado aos professores. “Se não houver o repasse neste mês de fevereiro, a categoria já está se mobilizando para fazer uma paralisação em todo o Estado”, adiantou o professor Edson Granato, presidente do Simted.
Nesta terça (14), uma nova reunião está agendada entre o Sindicato e a coordenadoria regional da educação, ligada a Secretaria Estadual de Educação (SED). Neste encontro, o Simted cobrará um posicionamento oficial com relação a essas questões pendentes, como o cumprimento de duas deliberações (n° 7828, de 30 de maio de 2005 e o n°10.814, de 10 de março de 2016) que preveem a abertura de salas de 15 a 25 alunos nos casos em que houver educandos com deficiência e salas de aula com dimensões mínimas por estudante, dentre outras questões pontuais de cada unidade escolar.
Granato afirmou ainda que às 17 horas desta terça-feira (14), haverá uma nova assembleia com os professores das escolas estaduais com o propósito de informar sobre a decisão do governo do Estado. “Vamos aguardar um posicionamento sobre os questionamentos que fizemos diretamente a coordenadoria na quinta-feira(9) passada. Em seguida, passaremos para a categoria no intuito de definir quais os próximos passos a serem tomados. Esta luta não é só de professores, como também de pais e de alunos, é uma luta de todos pela qualidade de ensino nas nossas escolas. Salas de aula super lotadas sempre se mostraram inadequadas e ineficientes. Não vamos deixar a educação mais uma vez pagar pela ingerência de governos”, encerrou o presidente do Simted.
Fonte - Assessoria