Publicado em 27/10/2022 às 10:31, Atualizado em 26/10/2022 às 23:33

Segunda etapa da campanha de vacinação de febre aftosa começa em 1º de novembro

O Departamento de Saúde Animal do Mapa aguarda a evolução nos demais estados para compor o pleito brasileiro para o reconhecimento internacional de zona livre sem vacinação junto à Organização Mundial da Saúde Animal

Redação,
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Divulgação

Cerca de 161 milhões de bovinos e bubalinos deverão ser vacinados na segunda etapa da campanha nacional de vacinação contra a febre aftosa de 2022 que começa na próxima terça-feira (1º) e segue até o dia 30 de novembro. Para Mato Grosso do Sul e outras dez unidades da Federação (BA, ES, GO, MG, MT, RJ, SE, SP, TO e DF), que compõem o Bloco IV do Plano Estratégico do Programa Nacional de Vigilância da Febre Aftosa (PE-PNEFA), a vacinação em novembro será para bovinos e bubalinos de todas as idades. Ao todo, esse bloco totaliza 141 milhões de animais a serem vacinados.

Em outros dez estados (AL, AM, CE, MA, PA, PB, PE, PI, RR e RN), a vacinação ocorrerá em animais de até 24 meses, conforme o calendário nacional de vacinação.

A inversão das estratégias de vacinação em alguns estados foi adotada em abril pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) com objetivo de equacionar a demanda de vacinas contra febre aftosa com o cronograma previsto de produção da indústria e, assim, garantir a oferta de vacinas para manter os índices satisfatórios e manter a imunidade do rebanho brasileiro.

As vacinas devem ser adquiridas nas revendas autorizadas e mantidas entre 2°C e 8°C, desde a aquisição até o momento da utilização – incluindo o transporte e a aplicação, já na fazenda. Devem ser usadas agulhas novas para aplicação da dose de 2 ml na tábua do pescoço de cada animal, preferindo as horas mais frescas do dia, para fazer a contenção adequada dos animais e a aplicação da vacina.

Além da vacinação, o produtor deve fazer a comprovação junto ao órgão executor de defesa sanitária animal de seu estado. A declaração da vacina pode ser entregue de forma online ou, quando não for possível, presencialmente nos postos designados pelo serviço veterinário estadual nos prazos estipulados.

Em caso de dúvidas, a orientação é para que procurem o órgão executor de defesa sanitária animal de seu estado.

Retirada da vacinação

Após a etapa de novembro de 2022, sete unidades da Federação do Bloco IV do PE-PNEFA – Distrito Federal, Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais e Tocantins – farão a suspensão da vacinação contra a febre aftosa. Ao todo, serão aproximadamente 114 milhões de bovinos e bubalinos que deixarão de ser vacinados, o que corresponde a quase 50% do rebanho total do país.

A ação faz parte da evolução do projeto de ampliação de zonas livres de febre aftosa sem vacinação no país, previstas no PE-PNEFA.

Nesse momento de evolução sanitária da doença, não haverá restrição na movimentação de animais e de produtos entre os estados do Bloco IV que terão a vacinação suspensa a partir de 2022 e os demais estados que ainda praticam a vacinação no país.

O Departamento de Saúde Animal do Mapa aguarda a evolução nos demais estados para compor o pleito brasileiro para o reconhecimento internacional de zona livre sem vacinação junto à Organização Mundial da Saúde Animal.

Atualmente, no Brasil, somente os estados de Santa Catarina, Paraná, Rio Grande do Sul, Acre, Rondônia e partes do Amazonas e do Mato Grosso possuem a certificação internacional de zona livre de febre aftosa sem vacinação.

*Com informações do Canal Rural