Publicado em 24/12/2021 às 16:26, Atualizado em 24/12/2021 às 00:28
De acordo com sindicato, número de servidores que entregaram os cargos ultrapassa os 700 em todo o Brasil
Serviços de atendimento ao consumidor e também os relacionados ao comércio exterior da Receita Federal em Mato Grosso do Sul, poderão ser prejudicados nos próximos dias por conta de um protesto de servidores do órgão. Delegados e adjuntos das unidades das alfândegas de Campo Grande, Ponta Porã, Corumbá e Mundo Novo pediram exoneração das funções, em protesto ao corte do orçamento de 2022.
Em reunião realizada nesta quinta-feira (23), no gabinete da delegacia da Receita Federal em Campo Grande, foram anunciadas as reivindicações dos servidores para evitar um colapso institucional.
No encontro, que contou com a participação de chefes de equipes, seções, serviços, dos postos de atendimento e das agências subordinadas de Mato Grosso do Sul, os servidores reivindicaram ao Governo Federal a revisão do corte de 51,4% no orçamento da secretaria da Receita Federal para 2022, realização de concursos públicos para os cargos de auditor-fiscal e Analista Tributário da Receita Federal, além da regulamentação do acordo de bônus e eficiência foi firmado em 2016.
A insatisfação da classe, segundo delegado Clovis Ribeiro Cintra Neto e seu adjunto Zumilson Custódio da Silva, é resultado dos “compromissos não cumpridos pelo Governo Federal com as categorias da carreira auditoria-fiscal do órgão”, que tem gerado a entrega coletiva dos cargos de direção em todos os Estados.
Conforme nota assinada pelo Sindifisco (Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal do Brasil), a reivindicação faz parte de um movimento nacional, e o número de servidores que entregaram os cargos já ultrapassa os 700.
Na carta de exoneração coletiva, os delegados alegam que a Receita Federal teve seu orçamento reduzido em 51,4% na parte da tecnologia da informação. Conforme o documento, os cortes afetam principalmente a administração das unidades e a gestão de soluções informatizadas.
O sindicato afirma ainda que "o tratamento desrespeitoso nem de longe faz jus à excelência da Receita Federal e de seus servidores responsáveis por sucessivos recordes de arrecadação, redução de prazos, dinamismo no comércio exterior e operações de fiscalização" em território nacional.
Com informações do Campograndenews