Publicado em 08/08/2016 às 13:25, Atualizado em 08/08/2016 às 15:27

Promotores que atuam na fronteira pedem medidas 'urgentes' contra o crime

Documento foi entregue a Passos com solicitações

Redação,

Diversos promotores de justiça que atuam em cidades sul-mato-grossenses que fazem fronteira com Paraguai e Bolívia estão preocupados com avanços de organizações criminosas na região e entregaram um documento solicitando apoio do atual PGJ (Procurador-geral de Justiça), Paulo Cézar dos Passos.

Os promotores destacaram problemas que classificam ‘urgentes’ na fronteira, para fortalecer a segurança na região, como incrementar o controle de entrada e saída de pessoas e bens do território nacional e aprimorar o combate às organizações criminosas.

“Encontramos pontos em comum, na área de segurança pública, de deficiência tanto na questão estrutural, quanto na carência de pessoal, falta de efetivos e falta de políticas públicas de segurança. Precisamos de política voltada para esta realidade, uma vez que integrantes de facções criminosas estão dominando essas áreas, pois o nosso território está aberto, sem segurança o suficiente”, destacou a promotora de justiça do Gaeco em Dourados, Claudia Loureiro Ocariz Almirão,

No documento entregue a Passos, os promotores pedem que o MPE-MS (Ministério Público Estadual) tome providências junto aos órgãos de controle federais e estaduais, visando uma integração e interação, principalmente no que tange ao compartilhamento de informações, com os forças de segurança dos países vizinhos.

A situação atual da região de fronteira também foi detalhada no documento. A partir deste levantamento, os promotores cobram a contratação de agentes penitenciários, para suprir a falta de servidores nas unidades prisionais do Estado, bem como solicitação junto à União para aumentar o efeito de forças federais na fronteira.

Os membros do MPE já haviam se reunido em Ponta Porã para discutirem as necessidades de suas promotorias. Agora, os promotores querem que a Procuradoria-Geral de Justiça encabece uma campanha para apresentar à sociedade a realidade da segurança na fronteira do Brasil com Bolívia e Paraguai.

Fonte - Midiamax