A produção brasileira de grãos para a safra 2023/24 deverá alcançar 298,6 milhões de toneladas, uma redução de 21,2 milhões de toneladas em relação ao ano passado. Esta queda reflete a perda na produtividade média das lavouras, afetada por condições climáticas adversas desde o início do plantio até a fase de reprodução das culturas.
A colheita do milho segunda safra está quase completa, com uma produção estimada em 90,28 milhões de toneladas. O progresso da colheita supera 90% da área cultivada. As produtividades variaram conforme o pacote técnico e o período de plantio. As sementes plantadas entre janeiro e fevereiro obtiveram bons resultados devido às chuvas regulares, enquanto Paraná, São Paulo e Mato Grosso do Sul enfrentaram problemas com veranicos e pragas.
Contribui para uma expectativa de produção total de 115,65 milhões de toneladas, 12,3% inferior à safra anterior, a redução da área destinada ao milho. A diminuição na área cultivada, tanto para a primeira quanto para a segunda safra, impactou negativamente a colheita.
Para o algodão, a Conab prevê um aumento na área e no desempenho médio das lavouras, resultando em uma colheita recorde de 3,64 milhões de toneladas de algodão em pluma. As boas condições climáticas favoreceram o desenvolvimento da fibra, refletindo um cenário positivo para a cultura.
A produção de feijão está estimada em 3,26 milhões de toneladas, um aumento de 7,3% em relação ao ciclo anterior. No entanto, a segunda safra sofreu com doenças e condições climáticas desfavoráveis, reduzindo seu potencial. A terceira safra está em desenvolvimento, com algumas áreas em colheita inicial.
Produção de arroz tem aumento de 5,6%
Ao atingir 10,59 milhões de toneladas, concluiu-se a colheita do arroz, com um aumento de 5,6% na produção.
O crescimento atribuiu-se ao aumento da área cultivada, apesar de problemas na produtividade devido a adversidades climáticas, especialmente no Rio Grande do Sul.
Para a soja, a produção esperada é de 147,38 milhões de toneladas, uma redução de 4,7% em relação ao ano passado. As áreas semeadas entre setembro e outubro sofreram com baixas chuvas e altas temperaturas, impactando o potencial produtivo.
Entre as culturas de inverno, o trigo apresenta uma redução de 11,6% na área cultivada, estimada em 3,07 milhões de hectares. A semeadura está quase concluída, com áreas em Santa Catarina ainda à serem plantadas.
A Conab manteve estáveis as projeções para a maioria dos produtos, exceto o milho, cuja estimativa de exportação foi aumentada em 2,5 milhões de toneladas. A desvalorização da moeda brasileira está aquecendo as exportações. No entanto, a disponibilidade interna de arroz deverá limitar o volume embarcado até 2025.
Com informações do Midiamax
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