A exemplo de algumas igrejas que criaram ‘Escola de Líder’ religioso, o poder público e a iniciativa privada deveriam investir em instituições similares para formar líderes para ocuparem cargos nos poderes Executivo e Legislativo brasileiro, em todos os níveis (municipal, estadual e federal). Os pais teriam um papel crucial nessa preparação, pois são os primeiros a identificar o potencial de liderança em seus filhos.
Para isso, seria necessário derrubar o grande tabu de que a política é “suja” ou qualquer outro adjetivo pejorativo. Pois a verdade é que, através da política, uma nação pode ser livre e próspera ou cair em regimes autoritários que punem severamente o cidadão por qualquer crítica ou rebelião. A qualidade de vida do indivíduo e da família está intimamente ligada ao regime e à administração adotada na nação pelos seus representantes políticos. Daí a importância de preparar desde pequenos, homens e mulheres de caráter, honestos e honrados para assumir esses importantes cargos públicos.
Chegou a hora de abandonar a ideia de que bons cidadãos não devem entrar na política. Muito pelo contrário, se eles não o fizerem, os maus políticos, frequentemente envolvidos em escândalos de roubo, corrupção, falcatruas e todo tipo de crimes e irregularidades (como temos hoje no Brasil) continuarão a perpetuar-se no poder. O povo não pode continuar alheio ao mundo político, que decide o rumo de suas vidas e o custo de vida de seus filhos.
Assim como os pais apresentam aos filhos desde cedo, um leque de opções profissionais, fazendo-os pensar na possibilidade de tornarem-se médicos, engenheiros, advogados, psicólogos, odontólogos ou qualquer outra das incontáveis profissões disponíveis no mercado, por que não apresentar-lhes também a vida pública no legislativo (municipal, estadual ou federal) ou no executivo, nas mesmas esferas, como possíveis vereadores, prefeitos, deputados, senadores, governadores ou presidente da República?
Em um grupo de 10, 50 ou 100 crianças, jovens e adolescentes reunidos para atividades coletivas, é fácil identificar aqueles com o dom natural de liderança. Aqueles que inspiram e orientam os demais a seguirem por determinados caminhos. Esses jovens precisam ser orientados, primeiramente dentro de casa, sobre a possibilidade de uma dia poderem administrar ou legislar a cidade onde moram, o estado, ou até mesmo o país.
A criação de escolas de líderes políticos seria uma iniciativa essencial para o desenvolvimento de uma nação mais justa, próspera e democrática. Pais, iniciativa privada e poder público deveriam trabalhar juntos para identificar e cultivar o potencial de liderança nas novas gerações, garantindo que os futuros líderes sejam preparados para enfrentar os desafios do século XXI com ética, competência e comprometimento com o bem comum.
As Escrituras Sagradas já alertavam há milênios que, para os maus prevalecerem no poder, basta apenas que os bons cruzem os braços. Cabe às famílias quebrar esse tabu e trabalhar ativamente na formação de futuros grandes líderes políticos.
Em Provérbios 29:2, lemos: "Quando os justos governam, o povo se alegra; mas quando o ímpio domina, o povo geme." Esta passagem enfatiza a importância de líderes justos e íntegros, sugerindo que a presença de tais indivíduos no poder traz alegria e prosperidade para a sociedade. Por outro lado, a liderança corrupta e perversa, como temos visto em países vizinhos inclusive, resulta em sofrimento e opressão. Este versículo serve como um chamado para a preparação e o desenvolvimento de líderes que possuam valores morais sólidos, capazes de governar com sabedoria e justiça.
Outro exemplo é encontrado em 1 Timóteo 3:2-7, onde Paulo descreve as qualidades necessárias para um bispo, que podem ser aplicadas a qualquer líder: "É necessário, portanto, que o bispo seja irrepreensível, marido de uma só mulher, temperante, sóbrio, modesto, hospitaleiro, apto para ensinar; não dado ao vinho, não violento, mas cordato, inimigo de contendas, não avarento." Essas diretrizes destacam a importância de caráter e conduta irrepreensíveis para aqueles em posições de liderança. A ênfase está na integridade pessoal e na habilidade de guiar e ensinar os outros com paciência e respeito. Esses princípios bíblicos sublinham a necessidade de líderes virtuosos para enfrentar e superar as forças do mal, promovendo um ambiente de paz e justiça, que é o que o Brasil precisa.
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