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07/06/2019 às 07:00, Atualizado em 06/06/2019 às 15:00

Por dinheiro novo, governo terá de vender estatais e cortar folha

Para ter acesso a ajuda federal, governo de Mato Grosso do Sul teria de vender MSGás e Sanesul.

O Governo de Mato Grosso do Sul só vai poder aderir ao Plano de Equilíbrio Fiscal (PEF), intitulado Plano Mansuetto, que vai disponibilizar R$ 40 bilhões a todas as unidades da federação, caso faça a privatização da MSGás (já em estudo), da Sanesul e realize cortes na folha de pagamentos.

O Projeto (PLP) 149/2019 que define as regras para adesão ao programa de socorro aos Estados foi apresentado anteontem à Câmara dos Deputados, dando oito opções de ajuste fiscal, sendo que terá de adotar ao mesmo três.

O plano prevê que estados com a nota C, caso de Mato Grosso do Sul, na escala de A a D do Tesouro Nacional (concedida em relação à capacidade de pagamento) poderão usar a União como garantidora de empréstimos junto a instituições financeiras.

Hoje, apenas estados com nota A e B podem usar a União como avalista, de acordo com a Portaria 543, de 18 de setembro de 2012.

Em razão disso, a expectativa do governo é a de que apenas parte dos 13 estados com nota C consigam entrar no plano, sendo que ao todo são R$ 40 bilhões que a União vai avalizar para os estados até 2022 com o dinheiro liberado pelos credores de acordo com o cumprimento das metas de ajuste fiscal.

Por ano, haverá um teto de R$ 10 bilhões, valor que tem de ser dividido entre todos os estados elegíveis a entrar no PEF.

O limite individual dos estados, portanto, não passa de R$ 3 bilhões — a maioria dos estados está abaixo de R$ 1,5 bilhão.

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