Em entrevista exclusiva ao Correio do Estado, o secretário de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp), Antônio Carlos Videira, afirmou que a Polícia Militar (PMMS) e Polícia Civil (PCMS) terão câmeras nas fardas a partir do momento em que a Polícia Rodoviária Federal (PRF) e Polícia Federal (PF) também implantarem o equipamento.
Ou seja, assim que a PF/PRF implantar câmeras nas fardas, a PMMS/PCMS também implantará. O objetivo que é haja uma padronização das polícias, a nível estadual e federal.
“Nós vamos colocar nos nossos policiais o dia que a Polícia Federal e a Polícia Rodoviária Federal colocar também porque daí terá uma padronização. O policial rodoviário federal deve usar a mesma câmera que o policial rodoviário estadual. O policial civil deve usar a mesma Câmara de um policial federal. Não adianta o Mato Grosso do Sul ter um sistema e Mato Grosso e Goiás ter outro”, detalhou Videira.
De acordo com o secretário, a PMMS/PCMS deve usar a mesma câmera que a PF/PRF. O equipamento deve ser idêntico para ambas forças de segurança: mesmo modelo, marca e qualidade.
“[Nós queremos] um equipamento igual e de qualidade. Nós não queremos um equipamento de baixa qualidade. Nós queremos um equipamento de ponta”, disse o secretário.
Questionado pelo Correio do Estado sobre quando haverá implantação dos equipamentos no fardamento, Videira respondeu que depende do Governo Federal. “Se o governo federal resolver fazer uma grande ata de registro de preço e disponibilizar para o Estado, [pois] é ele que tem um recurso, complementou.
A reportagem conversou com o secretário da Sejusp, Antônio Carlos Videira, com exclusividade, na manhã desta segunda-feira (19), no Conselho Estadual de Políticas Públicas sobre Drogas, localizado na avenida Eduardo Elias Zahran, número 743, Jardim Paulista.
ALTO CUSTO
Segundo Videira, implantar câmeras nas fardas dos policiais é caro. O gasto mensal, com cada câmera, gira em torno de R$ 4,5 mil.
“Talvez a gente vai gastar mais com o aluguel com um software desse, do que com combustível em um mês na viatura”, afirmou Videira.
O secretário afirmou que o recurso, para investir nesta política, deve vir do governo federal e que MS não irá tirar dinheiro de outras áreas para investir nessa.
“Nós não podemos sacrificar outras áreas da segurança, inclusive o tráfico de drogas, para recursos muito grandes como este. Nós não vamos tirar dinheiro de outras políticas para essa política. Nós não podemos hoje tirar recursos de manutenção de prédios, manutenção de viaturas e custeio com combustível”, disse.
NÚMEROS
Dados divulgados pela Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp) apontam que 64 pessoas morreram em confronto com agentes de Estado, de 1º de janeiro a 19 de junho de 2023, em Mato Grosso do Sul.
Desse número, 8 ocorreram em janeiro, 18 em fevereiro, 7 em março, 19 em abril, 10 em maio e 2 em junho. São 27 mortos em Campo Grande e 37 no interior.
De acordo com o secretário da Sejusp, Antônio Carlos Videira, mortes ocorrem porque o policial defende a sociedade de criminosos que não respeitam o Estado.
“Se um criminoso ataca um policial fardado, imagina o que ele faz com o cidadão comum. Nós estamos preocupados em defender a sociedade e defender os nossos policiais de bandidos que desafiam o estado, desafiam a sociedade, desafiam o cidadão. Ele tem que ser preso e se para ele ser preso, ele reagir, infelizmente acaba vindo à óbito”, disse.
Comentários
Os comentários são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião deste site.