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08/10/2022 às 13:30, Atualizado em 08/10/2022 às 12:07

PMA leva educação ambiental às comunidades ribeirinhas do Pantanal

Este ano, foram atendidas as comunidades tradicionais do Castelo, Paraguai Mirim, São Francisco, Amolar, Barra de São Lourenço e Aldeia Indígena Guató.

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Divulgação

Foi concluída com o cumprimento de todas as metas a sétima Expedição de Educação Ambiental promovida pela Polícia Militar Ambiental (PMA) no Pantanal de Corumbá. A ação que envolve as comunidades ribeirinhas e indígenas – cerca de 450 pessoas – em trabalhos de conscientização ambiental e apoio na área social foi iniciado em 25 de setembro.

Com o apoio de várias instituições, como o Instituto das Águas da Serra da Bodoquena (IASB), Instituto Homem Pantaneiro (IHP), secretaria de Educação de Corumbá, organização não governamental Ecologia e Ação (ECOA) e o Ministério Público do Trabalho (MPT), a expedição é um dos principais projetos desenvolvidos pela PMA em educação ambiental com o propósito de criar uma consciência ambiental com foco nas crianças.

“Caracterizada por seu importante papel na proteção e conservação do meio ambiente, por meio da prevenção, repressão, a PMA vê na educação ambiental uma forma de envolver e sensibilizar a população na defesa ambiental, com consequente diminuição das infrações e crimes ambientais”, destaca o comandante da corporação, tenente-coronel José Carlos Rodrigues.

Unindo forças

Uma das atividades marcantes entre os alunos das escolas das águas é o concurso de desenhos promovido pela PMA. As crianças têm a oportunidade de expressar, por meio da arte, seu olhar do ambiente onde vive e do Pantanal, com resultados expressivos. São escolhidos 21 desenhos, pelos membros da expedição, os quais compõe o calendário anual impresso em cartilhas e distribuídas na região, em sua sexta edição.

“Com esse trabalho, buscamos tornar as crianças das escolas ribeirinhas parcerias das nossas estratégias de promover uma consciência ambiental de forma que isso se multiplique no seio das comunidades e essas futuras gerações não cometam crimes ambientais”, sintetizou o capitão Kelbin Augusto Rodrigues Valente, coordenador da expedição e comandante da PMA em Corumbá.

A ação, segundo o capitão, fortalece a integração dos órgãos de fiscalização e promoção ambiental e de áreas sociais, unindo forças para levar um atendimento digno às comunidades ribeirinhas e também aproximando-as com a PMA. “É um trabalho multidisciplinar, onde o foco é a educação ambiental, visando a preservação e a prevenção do nosso meio ambiente”, disse Valente, em sua primeira expedição.

Este ano, foram atendidas as comunidades tradicionais do Castelo, Paraguai Mirim, São Francisco, Amolar, Barra de São Lourenço e Aldeia Indígena Guató. A expedição foi realizada com a embarcação de grande porte da PMA e embarcações menores, com a participação do helicóptero do Grupo de Policiamento Aéreo de Mato Grosso do Sul (GPA) em fiscalização aérea em apoio às embarcações operacionais.

Onça-pintada

Durante seis dias, foram percorridos mais de 700 km por água, pelo rio Paraguai e seus afluentes, com um total de 150 famílias atendidas com confecção de documentos, inserção aos programas sociais e orientação ambiental. Uma das palestras versou sobre a convivência dos ribeirinhos com a onça-pintada. A predação de animais domésticos tem causado conflitos entre moradores e o felino.

As mulheres catadoras de iscas vivas, que apresentam doenças dermatológicas devido ao ambiente em que atuam, receberam 120 EPI’s (Equipamentos de Proteção Individual). Devido às peculiaridades das atividades, o Ministério Público do Trabalho (MPT) orienta as ribeirinhas sobre as políticas de trabalho e a prevenção de acidentes e doenças.

Completando as ações desenvolvidas, foi realizado também o plantio de mudas de vegetação nativa em recuperação às matas ciliares dos rios, nas áreas próximas às comunidades ribeirinhas, especialmente, no entorno das escolas, momento em que são discutidas todas as questões relativas à flora com a participação dos alunos.

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