Publicado em 19/05/2018 às 10:30, Atualizado em 18/05/2018 às 22:51

Paraguai conclui em 10 dias relatório sobre carne contrabandeada do Brasil

Chefe do Serviço Nacional de Qualidade e Saúde Animal disse que todos indícios revelam que maior frigorífico daquele país levou carne sem autorização para turbinar estoque destinado à exportação.

Redação,

O chefe do Senacsa (Serviço Nacional de Qualidade e Saúde Animal) do Paraguai Hugo Idoyaga disse ontem (18) deve ficar pronto em até dez dias o relatório da investigação sobre a carne contrabandeada do Brasil pelo Frigorífico Concepción, maior exportador do produto em atividade naquele país.

Pelo menos três mil toneladas de carne bovina teriam entrado ilegalmente no Paraguai nos últimos meses. As cargas entraram pela fronteira Ponta Porã-Pedro Juan Caballero. O dono do frigorífico, o brasileiro Jair Antonio de Lima, e sete funcionários dele foram denunciados por contrabando após a apreensão de uma carga de carne, no início deste mês.

Apesar de a investigação ainda estar em curso, Hugo Idoyaga disse que todos os indícios apontam para o contrabando praticado pelo frigorífico, que é o principal fornecedor de carne paraguaia para a Rússia.

O chefe do Senacsa afirma estar seguro que a carne apreendida no estoque da indústria entrou de maneira irregular, já que não possui a autorização concedida pela instituição antes da importação. “É uma mercadoria que entrou sem cumprir as regras sanitárias”. Embora a carne tenha entrado por Pedro Juan, o Paraguai ainda não sabe de qual frigorífico brasileiro o produto saiu.

O problema foi descoberto após ser descoberta a importação de três milhões de quilos de carne do Brasil sem o certificado sanitário do Senacsa. A carga foi destruída.

Em seguida o frigorífico teve as atividades suspensas. Além de contrabando, Jair de Lima e os funcionários da indústria são acusados de produção de documentos falsos, usados para tentar legalizar a carne contrabandeada.

Ontem o governo paraguaio permitiu que o frigorífico retomasse as atividades para voltar a exportar carne temendo uma demissão em massa de trabalhadores. O Concepción tem 2.400 funcionários diretos e pelo menos dez mil indiretos. A indústria continua proibida de importar carne e de mandar sua produção para a União Europeia, Chile, Israel, Rússia e Taiwan.

Fonte - Campograndenews