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31/05/2024 às 08:01, Atualizado em 30/05/2024 às 16:12

Operadoras pedem socorro a Riedel após perderem R$ 42 milhões com furtos de fios

Representantes da Claro, Vivo, Oi, Digital Net, Telemont e Gigamais se reuniram com governador Eduardo Riedel

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Representantes das operadoras em frente a governadoria, na tarde desta quarta-feira (29). (Foto: Alex Machado)

Nos primeiros cinco meses de 2024, as principais operadoras de telecomunicações tiveram um prejuízo de R$ 42 milhões em Mato Grosso do Sul. As perdas foram causadas por furtos de fios e cabos de fibra óptica.

Diante do aumento do problema no Estado, representantes da Claro, Vivo, Oi, Digital Net, Telemont e Gigamais se reuniram com o governador Eduardo Riedel (PSDB) na tarde desta quarta-feira (29) para apresentar o cenário e discutir medidas para combater os roubos e furtos.

A Oi foi a operadora mais afetada, com um prejuízo de R$ 25 milhões, pois possui mais cabos. Na sequência a Vivo registrou prejuízo de R$ 13 milhões, seguido pela Claro, que perdeu cerca de R$ 3 milhões. Para a comitiva de provedores de internet, além do prejuízo econômico existe o dono aos usuários e à imagem das empresas. Eles relatam que os clientes estão migrando de operadora para operadora em busca de solução. “Eles não têm mais confiança em nenhum de nós, mas o problema não é nosso, é um problema externo”, disse o gestor de infraestrutura da Digital Net, Maycon Borges.

“Essa reunião foi um marco para nós, conseguimos falar com pouco dos prejuízos que estamos vivenciando. Atinge toda a sociedade, as pessoas que estão em suas casas, hospitais, repartições públicas, escolas”, afirmou o coordenador de segurança da Claro, César Nunes. Ele conta que até o prédio da Sejusp (Secretaria de Justiça e Segurança Pública) foi prejudicado recentemente com os roubos.

O corte de um cabo pode atingir em média cinco mil pessoas. Em abril, a Vivo, a Oi, a Claro e a Digital Net somaram 279 cabos cortados. O fiscal de telecomunicações da V.tal Oi, Wellinton Matos, afirma que essa média pode ser maior. “Tem cabeamento subterrâneo perto das Moreninhas que atinge 70 mil pessoas em um corte. E quando o corte é de cabo aéreo atinge todas as operadoras”, disse.

A comitiva pede mais fiscalização dos receptores que compram os cabos, rondas ostensivas nos bairros e políticas públicas para acolhimentos de usuários de drogas. O deputado estadual Antonio Vaz (Republicanos) participou da reunião.

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