Interligando regiões de produção de grãos, cana e carne de Maracaju, Nioaque, Guia Lopes da Laguna, Jardim, Antônio João, Caracol e Ponta Porã, o Governo de Mato Grosso do Sul implanta 37,6 km de pavimentação asfáltica na rodovia MS-166, entre a MS-460 (Água Fria) e a BR-267, com investimentos de R$ 54,6 milhões. A chegada da infraestrutura amplia a malha rodoviária, criando novas alternativas de transporte em direção à Rota Bioceânica (Porto Murtinho).
Na outra ponta da MS-166, no trevo com a MS-270, o Estado concluiu o asfaltamento de 23,76 km, da Cabeceira do Apa (Ponta Porã) a Antônio João. A partir de Guia Lopes da Laguna, duas frentes de obras de pavimentação avançam pela MS-382 em direção à MS-166, totalizando 77,2 km. Integrando o corredor de produção, também foram concluídos 10,36 km entre as MS-382 e MS-270. O investimento total soma R$ 266 milhões, recursos do Fundersul.
“Nós estamos ligando regiões produtivas importantes. O Estado recuperou a capacidade de investir e se tornará uma zona de convergência dos mercados importador e exportador. É por isso que somos o primeiro em investimento per capita do Brasil. A nossa economia vai bem e os investimentos são importantes porque fortalecem a estrutura de logística, tornando nossos produtos mais competitivos”, afirma o governador Reinaldo Azambuja.
A pavimentação asfáltica em execução pelo Governo do Estado nas regiões Sul e Sudoeste anexa importantes rodovias situadas próximas ou na linha de fronteira com o Paraguai – o chamado tronco Apaporé, aberto na década de 1980 pelo ex-governador Pedro Pedrossian – a outros polos regionais de produção. Também cria caminhos seguros para o escoamento do agronegócio e o desenvolvimento do turismo, além de levar desenvolvimento aos municípios.
Asfalto traz progresso
Acomodado em uma cadeira na varanda de sua antiga borracharia, no entroncamento da MS-166 com a BR-267, o aposentado Antônio Ortiz Souza, conhecido como Toninho Polaco, observa a movimentação de máquinas e operários preparando o solo para receber a pavimentação asfáltica tão sonhada pelos produtores e população de Maracaju. Ele mora naquele lugar há 30 anos, acompanhou a evolução do agronegócio – do boi para o grão.
“Aqui era só boi nesses campos, depois veio a cana e agora é a soja e o milho. Essa estrada era um trieiro e abandonada, acesso muito difícil, quando chovia não passava nada”, conta. “Mas agora vai melhorar, o asfalto traz o progresso, tô pensando até em montar um restaurante aqui”, complementa Polaco, 62. “Vim pra cá porque gosto, deixei os negócios em Maracaju (distante 52 km) com os filhos e estou aqui vivendo com a minha esposa (Isabel).”
Ao lado da casa de madeira do antigo morador, a empreiteira São Cristóvão, responsável pela obra, montou canteiro e concluiu a instalação da usina de asfalto. O engenheiro encarregado, Felipe Alves, adiantou que a meta é iniciar na primeira semana de julho a implantação da massa asfáltica e finalizar a obra em dezembro deste ano. “Tudo vai depender das condições climáticas, tem chovido muito. O solo é de argila, não tem como trabalhar”, explica.
Apesar da chuva, a obra avança pela estrada conservada pela Agesul, entrecortando extensas lavouras de milho. Operários e máquinas trabalham no serviço de terraplenagem de 20 km, dos quais 15 km foram concluídos. A drenagem também está adiantada, com a implantação de 14 de um total de 17 bueiros. Quando iniciar a etapa do asfalto, a São Cristóvão estima contratar mais 30 operários – hoje executa a obra com 75 homens e mulheres.
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