A onça, Amanaci, que virou um dos símbolos após ser queimada no Pantanal, em 2020, acabou de gerar uma vida.
Ela teve queimaduras de terceiro grau e quase foi sacrificada.
“Ela demorou demais para sair do fogo, quer dizer para cuidar de se salvar. Ela deve ter tentado salvar um ou mais filhotes que ela talvez tivesse com eles lá”, diz Silvano Gianni, fundador do Instituto NEX – No Extinction.
Biólogos e veterinários se uniram para salvar o animal. A onça se recuperou, mas perdeu as garras e não pode voltar para natureza.
A equipe do Jornal Nacional acompanhou com exclusividade a nova fase de vida da Amanaci num santuário de animais: o Instituto NEX, em Corumbá de Goiás, a 160 quilômetros de Goiânia.
Conforme divulgado, a onça começou um namoro com o Guarani.
Depois disso, foram 110 dias de gestação até o parto, momento raro de ser visto na natureza e até no cativeiro.
A Amanaci escolheu a melhor posição, parecia mesmo já ter experiência com o parto. E em cima do feno, nasceu o primeiro filhote. E logo depois, o segundo.
Infelizmente, um dos filhotes nasceu com má-formação e acabou não sobrevivendo.
O projeto é preparar a oncinha para viver no Pantanal e ocupar o lugar que um dia foi da mãe.
“Graças a Deus, a gente pode fazer tudo pela Amanaci e ela está bem. Só que deixou um buraco no Pantanal e a gente quer preencher esse buraco com o filhote dela, que tem o mesmo genoma dela, que é do mesmo bioma, para ver se a gente tenta amenizar a interferência do homem na natureza”, afirma Daniela Gianni, coordenadora de projetos do Instituto NEX.
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