Publicado em 01/09/2016 às 19:00, Atualizado em 01/09/2016 às 21:24
Essa é a última etapa dos testes; vacina pode ser fabricada no ano que vem
Começou hoje a 3ª etapa dos testes que têm objetivo de viabilizar a produção da vacina brasileira contra dengue, produzida pelo Instituto Butantan em parceria com o Governo de São Paulo. Campo Grande é uma das cidades escolhidas para o teste e serão 1,2 mil moradores selecionados para tomar as vacinas na análise que irá durar cinco anos.
Os testes têm objetivo de comprovar a eficácia da vacina depois de outras duas fases que testaram a segurança do produto com 900 voluntários de São Paulo e dos Estados Unidos.
Dos 1,2 mil voluntários esperados para serem mobilizados em Campo Grade, apenas dois já estão habilitados e foram vacinados hoje, na Unidade Básica de Saúde (UBS) do bairro Coophavilla II, sede dos testes. Poderão se inscrever pessoas que morem na região e tenham entre 2 e 59 anos, que não tenham doenças crônicas e que no caso das mulheres, não pretendam engravidar nos próximos dois anos.
De acordo com o Instituto Butantan, o monitoramento será feito pelos próximos cinco anos com coletas de sangue periódicas, telefones e visitas de agentes de saúde.
Os voluntários tomarão apenas uma dose e 2/3 das aplicadas serão de vacina e 1/3 de placebo ou substância similar sem presença do vírus. Neste caso, equipe médica e voluntários não recebem informação sobre qual dos dois foi aplicado.
Governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB) esteve na cerimônia e afirmou que R$ 100 milhões já foram investidos na pesquisa e nos testes. A expectativa é que até a metade do ano que vem a fabricação comece.
“Se tivermos resposta positiva até metade do ano que vem, encaminhamos para aprovação na Anvisa e fabricação. Nosso objetivo é que ela seja incluída no programa de vacinação do Ministério da Saúde e que combata os quatro tipos de vírus”. Reinaldo Azambuja (PSDB) destacou a importância das pesquisas e classificou como “avanço enorme”
Na Capital, o infectologista da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), Erivaldo Elias Júnior, será o responsável por coordenar as pesquisas. Ele afirma que a expectativa é que em até 1 ano os 1,2 mil voluntários sejam selecionados.
Fonte - Correio do Estado