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23/06/2018 às 08:04, Atualizado em 22/06/2018 às 16:52

Mulheres de menor renda podem definir eleição presidencial

A incerteza se intensifica ainda mais com a saída do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

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Foto: Reprodução Agência Estado

A menos de quatro meses da disputa presidencial, um terço do eleitorado brasileiro não tem candidato. A atual rejeição aos nomes que tentam consolidar sua candidatura, porém, não é uniforme: a indefinição do voto feminino hoje é muito superior a do masculino, indicando que a escolha delas terá um peso importante para definir o quadro eleitoral daqui para frente.

A incerteza se intensifica ainda mais com a saída do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) da disputa, cenário hoje mais provável devido à sua condenação em segunda instância por corrupção passiva e lavagem de dinheiro.

Segundo a última pesquisa do Instituto Datafolha, se a eleição presidencial tivesse ocorrido no início de junho com outro petista na disputa (Fernando Haddad ou Jaques Wagner), 41% das eleitoras brasileiras não teriam escolhido qualquer candidato. Essa é a soma das que responderam que não sabiam ainda em quem votar ou que votariam em branco ou nulo. Já no caso dos homens, esse percentual cai para 25%.

Quatro anos atrás, em junho de 2014, quando Dilma Rousseff (PT) concorria à reeleição contra Aécio Neves (PSDB) e Eduardo Campos (PSB), a indefinição entre os homens era parecida (24%), mas entre as mulheres menor do que agora (34%).

Cruzamentos das respostas de intenção voto disponibilizados pelo Datafolha a pedido da BBC News Brasil mostram que o percentual de indecisão das eleitoras é ainda maior entre as de menor renda (45% das que ganham até dois salário mínimos) e supera metade do eleitorado feminino no Nordeste (52% das moradoras daquele região estão sem candidato).

Em meio a essa indefinição, o deputado Jair Bolsonaro (PSL) desponta como líder nas pesquisas com até 19% de intenção de voto, apoiado principalmente pelo eleitorado masculino, seguido dos outros pré-candidatos Marina Silva (Rede, com até 15%), Ciro Gomes (PDT, até 11%) e Geraldo Alckmin (PSDB, máximo de 7%).

Por isso, segundo afirma Rafael Cortez, cientista político da consultoria Tendências, o candidato que conseguir atrair o eleitorado feminino de menor renda, em boa parte órfão de Lula, terá mais chances de passar ao segundo turno.

Com informações do UOL

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