O IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulgou o Censo Demográfico 2022- Alfabetização: Resultados do Universo e, conforme o documento, Mato Grosso do Sul registra 115 mil pessoas analfabetas, com 15 ou mais. O levantamento foi divulgado nesta sexta-feira (17).
No ‘contraponto’, o total de pessoas alfabetizadas com 15 anos ou mais chegou a 2,0 milhões. O documento mostra que é possível verificar que a expansão educacional em média, não beneficiou todos os grupos populacionais no mesmo ritmo. Em 2022, a taxa de analfabetismo de pessoas de cor ou raça branca e amarela com 15 anos ou mais de idade era de 3,8% e de 1,8%,respectivamente, enquanto a taxa de analfabetismo de pretos, pardos e indígenas com 15 anos ou mais de idade era de 8,2%, 5,9% e 13,3%, respectivamente. Com isso, a distância entre as taxas de analfabetismo da população branca em relação às populações preta, parda e indígena era de 4,4, 2,0, e 9,5 p.p, respectivamente, em 2022. Os números são menores que os de 2010, quando foram 7,1, 3,6 e 15,1 p.p, respectivamente.
Os resultados do Censo Demográfico 2022 mostram que, no Mato Grosso do Sul, havia 80.248 pessoas indígenas de 15 anos ou mais de idade, das quais 71.708 eram alfabetizadas. A partir desses totais populacionais, a taxa de alfabetização dos indígenas foi contabilizada em 87,6% para o Censo 2022, abaixo da taxa nacional, que foi de 93,0% para esse grupo de idade. A comparação dos resultados para as pessoas indígenas, entre os anos de 2010 e 2022,
denota uma redução da taxa de analfabetismo desse grupo populacional para o MS como um todo, tendo passado de 20,5% para 12,3%.A análise mostra ainda pelos grupos de idade, que as pessoas indígenas com 65 anos ou mais são aquelas com a maior taxa de analfabetismo, de 42,5%, muito próxima da taxa de analfabetismo nacional na mesma faixa etária (42,9%). Em MS, as menores taxas são encontradas entre os indígenas de 15 a 19 anos de idade, com 2,2%.
Os homens indígenas apresentaram uma taxa de alfabetização de 89,2%, um número 3,0 p.p acima da taxa de alfabetização das mulheres indígenas no Censo 2022. A desagregação da taxa de alfabetização das pessoas indígenas por sexo e grupos de idade demonstra que as mulheres indígenas têm taxa de alfabetização ligeiramente superior entre os 15 e 34 anos de idade, mas que a partir dos 35 anos de idade a taxa de alfabetização dos homens indígenas se torna superior, com diferenças maiores para o grupo de 65 anos ou mais (10,6 pontos percentuais), o que aponta para um possível maior acesso das mulheres indígenas à educação nas faixas de idade mais jovens.
Entre os municípios sul-mato-grossenses, sete possuem 100% de taxa de alfabetização das pessoas indígenas. São eles: Alcinópolis, Aparecida do Taboado, Ladário, Pedro Gomes, Selvíria, Sonora e Taquarussu. Na posição oposta, os municípios com menor taxa de alfabetização de pessoas indígenas foram Santa Rita do Pardo (60,0%), Caracol (66,7%) e Vicentina (71,5%).
Os resultados do Censo Demográfico de 2022 mostram que, em Mato Grosso do Sul, havia 2,1 milhões de pessoas com 15 anos ou mais, das quais 2,0 milhões sabiam ler e escrever um bilhete simples, enquanto 115 mil eram analfabetas. Com base nesses números, a taxa de alfabetização do estado foi de 94,6% em 2022. Comparado com outras Unidades da Federação (UFs), Mato Grosso do Sul ocupa a sétima posição. Santa Catarina lidera com 97,3%, enquanto Piauí e Alagoas aparecem nas últimas posições, com 82,7% e 82,3%, respectivamente. Consequentemente, a taxa de analfabetismo em Mato Grosso do Sul foi de 5,4% dessa população. Na comparação com as demais unidades federativas, o estado ocupa a vigésima primeira posição. Alagoas apresenta a maior proporção de analfabetos, com 17,6%, enquanto o Distrito Federal e Santa Catarina se destacam com as menores taxas, de 2,7% e 2,6%, respectivamente. Observa-se uma tendência de aumento na taxa de alfabetização das pessoas com 15 anos ou mais ao longo dos Censos Demográficos de 1991 a 2022. Em 1991, cerca de 83,2% da população do estado era alfabetizada. Em 2000, era de 88,8% (aumento de 5,6 p.p.). Em 2010, essa taxa subiu para 92,3%, representando um aumento de 9,1 p.p em relação a 1991. Finalmente, em 2022, Mato Grosso do Sul alcançou uma taxa de alfabetização de 94,6%, um aumento de 11,4 pontos percentuais (p.p.) em relação a 1991 e 2,3 pontos percentuais em relação a 2010.
Dos 79 municípios de Mato Grosso do Sul, Campo Grande tem a maior taxa de alfabetização, com 97,1%, seguido por Chapadão do Sul (96,8%) e Três Lagoas (96,2%). A menor taxa de alfabetização do estado é encontrada no município de Tacuru, com 84,0%.
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