Publicado em 19/01/2025 às 15:00, Atualizado em 19/01/2025 às 14:00

MS registrou 66 ocorrências por afogamento em 2024, 9% a menos que 2023

De janeiro a dezembro de 2023, foram 73 ocorrências

Redação,
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Divulgação

Dados divulgados pelo Corpo de Bombeiros Militar (CBMMS) apontam que 66 ocorrências por afogamento foram registradas, entre 1º de janeiro e 31 de dezembro de 2024, em Mato Grosso do Sul.

De janeiro a dezembro de 2023, foram 73 ocorrências. Portanto, o número de afogamentos diminuiu 9,6% em 2024, em relação ao mesmo período do ano anterior.

Já em 2022, foram 52 afogamentos. Nos primeiros 15 dias de 2025, Mato Grosso do Sul já contabiliza 8 mortes por afogamento.

Afogamento é um incidente que ocorre quando uma pessoa fica submersa em um líquido e aspira-o, devido a entrada nos pulmões, o que pode causar asfixia, parada respiratória e morte.

Os sintomas são falta de ar, tosse, dificuldade para respirar, cianose (pele azulada) e perda de consciência. As consequências para o quadro clínico são morte cerebral, lesões cerebrais, problemas respiratórios, insuficiência cardíaca e traumatismos.

Os tipos de afogamento são:

Afogamento submerso: imersão completa

Afogamento parcial: imersão incompleta

Afogamento secundário: complicações após resgate

Ocorrências e mortes por afogamento são proporcionais à temperatura do ar. Quanto mais calor, maior a chance de ocorrer afogamentos, pois as pessoas se expõem mais à situação.

Quanto menos calor, menor a chance, pois, em temperaturas mais amenas, as pessoas preferem se divertir longe de ambientes aquosos.

Com isso, altas temperaturas favorecem acidentes, mortes e desaparecimentos por afogamento nas épocas mais quentes do ano.

As principais causas de afogamento são falta de habilidade na natação, falta de conhecimento a respeito do local em que se nada, cansaço do nadador, traumatismo por mergulho em águas rasas ou com pedras, cãibras, uso de álcool e problemas de saúde como infartos e crises convulsivas.

CUIDADOS

De acordo com o Corpo de Bombeiros, dezenas de atitudes podem evitar tragédias em banhos de mar, rio, piscina, cachoeira, córregos, riachos e lagoas. Veja:

Procure um local conhecido por você ou por outra pessoa, desde que ela o acompanhe

Não ultrapasse faixas e placas de avisos

Não entre em locais onde há avisos de perigo de morte ou em águas poluídas

Não tente salvar uma pessoa afogada, caso não saiba nadar, sempre acione o Corpo de Bombeiros

Procure sempre local onde existe a presença de guarda-vidas, ou o Corpo de Bombeiros

Evite nadar sozinho

Não tome bebida alcoólica antes de entrar na água

Não se afaste da margem

Nade longe de pedras e estacas

Não salte de locais elevados para dentro da água

Prefira lançar flutuadores para salvar pessoas ao invés da ação corpo a corpo

Identifique nas proximidades a existência do salva-vidas e permaneça próximo a ele

Evite brincadeiras de mau gosto, como caldos, trotes, saltos e de empurrar

Acate as orientações dos Bombeiros ou dos Salva-vidas

Não abuse se aventurando perigosamente

Não deixe as crianças sozinhas em meios aquosos

Não deixe brinquedos ou materiais dentro da piscina, pois atraem a atenção de crianças

Não deixe baldes ou bacias com água ao alcance de crianças e sempre deixe a tampa da privada fechada

Obedeça sinalizações próximos à margem de rios

Mantenha a calma e o pulmão sempre cheio de ar, pois ele funcionará como uma boia

Caso esteja em um rio, tentar jogar as pernas para frente, de forma a proteger a cabeça

Mantenha calma: a própria correnteza do rio, em algum momento, o levará até a margem

Tente agarrar algum galho de árvore que esteja flutuando

Evite navegar com carga em excesso

Só entre na embarcação usando coletes salva-vidas

Somente conduza embarcações se for habilitado para tal

“Orientamos a população para redobrar os cuidados ao entrarem em rios, lagos e piscinas. Ao entrar na água, avalie primeiro as características do local, verifique a profundidade, e objetos submersos que podem causar algum ferimento. Normalmente, há presença de pedras e troncos de árvore submersos. Procure locais em que há presença de guarda-vidas. Rios com correnteza não são indicados para banho. Em piscinas, cuidado redobrado com crianças, mesmo com a boia de proteção, pois elas oferecem uma falsa segurança e não dispense a supervisão de um adulto. Ao presenciar um afogamento, ligue imediatamente 193. Se não tiver preparo, ou não tiver segurança, não entre na água para resgatar o afogado, opte por ofertar um material flutuante como boia, bola, corda, galho de árvore ou até mesmo uma prancha de isopor”, orientou o capitão, mergulhador e especialista em salvamento aquático do CBMMS, Diego Baumgardt.

PRIMEIROS SOCORROS

Se ver alguém se afogando, tome as seguintes atitudes:

Chame ajuda via 193 (Corpo de Bombeiros)

Remova a vítima da água com segurnaça

posicione a vítima de costas

Limpe a boca e nariz

Faça respiração boca a boca (RCP)

Massageie o coração (se necessário)