Publicado em 12/05/2024 às 08:39, Atualizado em 11/05/2024 às 17:42
Equipe substituirá os nove militares que prestam apoio no local desde 3 de maio
Governo de Mato Grosso do Sul enviou, neste sábado (11), oito militares do Corpo de Bombeiros (CBMMS) para atuar no resgate de vítimas das chuvas que atingem o Rio Grande do Sul.
A equipe substituirá os nove militares que prestam apoio no local desde 3 de maio. Eles percorrerão cerca de 1,4 mil quilômetros de Campo Grande (MS) a São Leopoldo (RS).
Os homens partiram na manhã deste sábado (11) e devem chegar só na segunda-feira (13) no Estado gaúcho, devido às interdições e bloqueios nas estradas. A previsão é que permaneçam, por no mínimo, 10 dias em solo riograndense.
A equipe é composta por sargento, capitão, tenente, subtenente, cabo e soldado especialistas em mergulho, salvamento terrestre e salvamento em altura.
A equipe de desloca por meio terrestre, em duas viaturas do CBMMS. Além disso, farão parada em Mundo Novo para pegar um jetski e uma embarcação.
Nos próximos dias, quando a água baixar, cães também serão enviados para o serviço de resgate.
Empenho de duas embarcações, duas viaturas, um helicóptero e efetivo de cinco policiais/bombeiros militares, além dos nove que serão substituídos, estão no Rio Grande do Sul atuando no socorro de vítimas das enchentes.
Em uma semana, entre os dias 3 e 10 de maio de 2024, 312 pessoas e 271 animais foram resgatados por policiais e bombeiros militares de Mato Grosso do Sul em solo gaúcho.
As forças de segurança, com auxílio de voluntários, conseguiram resgatar 70,8 mil pessoas e 9,9 mil animais.
De acordo com a Polícia Rodoviária Federal (PRF), algumas rodovias estão total ou parcialmente bloqueados, incluindo estradas e pontes.
Algumas foram interditados por quedas de barreiras, desmoronamentos, erosão e acúmulo de água e outros foram realizados de forma preventiva por apresentarem rachadura na pista ou ponte coberta pelas águas dos rios.
Em 1º de maio, o governo do Rio Grande do Sul decretou estado de calamidade pública em todo o estado por causa das fortes chuvas.
A medida estabelece que os órgãos e entidades da administração pública “prestarão apoio à população nas áreas afetadas” por “eventos climáticos como chuvas intensas, alagamentos, granizo, inundações, enxurradas e vendavais”, causando “danos humanos, com a perda de vidas, e danos materiais e ambientais, como a destruição de moradias, estradas e pontes”, além de comprometer o funcionamento de instituições públicas.
O decreto é válido por 180 dias e não impede que o governo estadual reconheça (homologue) decretos de calamidade pública declarados pelas prefeituras.
O decreto de estado de calamidade pública é o reconhecimento legal, pelo Poder Público, de uma situação anormal, provocada por desastres, e que causa sérios danos à comunidade afetada, inclusive à segurança e/ou à vida das pessoas.
O texto classifica a situação como um desastre do nível III, ou seja, de grande intensidade. O que significa que os danos já são vultosos, embora suportáveis e superáveis caso as comunidades e órgãos e entidades públicas estejam devidamente informadas, preparadas e mobilizadas e haja o necessário aporte de recursos financeiros.
O decreto também permite ao governo adotar medidas administrativas para agilizar o processo de contratação de bens e serviços necessários para socorrer a população e recompor serviços e obras de infraestrutura essenciais.