Apenas em 2022, um total de 500 pessoas foram resgatadas em situação de trabalho análogo à escravidão no Brasil.
De acordo com dados divulgados pela Divisão de Fiscalização para Erradicação do Trabalho Escravo do Ministério do Trabalho e Previdência, do total, 22 estavam sendo explorados em Mato Grosso do Sul.
Conforme levantamento, até 13 de maio foram fiscalizados 3 estabelecimentos em Mato Grosso do Sul e um total de R$ 13.440,30 em verbas rescisórias foram garantidas aos trabalhadores. As atividades econômicas onde até o momento mais se identificou exploração de mão de obra em condição análoga à de escravo nas ações concluídas no Estado foram a agricultura, criação de bovinos e produção florestal.
“A atuação da auditoria fiscal do trabalho busca, de um lado, orientar e conscientizar a todos quanto à importância da promoção da conduta empresarial responsável e do trabalho decente e de outro, atua por meio do poder de polícia conferido pela legislação na repressão desse tipo de situação. Nesse contexto, o grupo móvel é parte fundamental da política pública que busca a erradicação do trabalho análogo ao de escravo” comentou Romulo Machado e Silva, Subsecretário de Inspeção do Trabalho durante o evento.
No ranking nacional, o Mato Grosso do Sul fica atrás apenas de Minas Gerais e Goiás, que tiveram 368 e 29 trabalhadores resgatados, respectivamente.
Grande parte dos números divulgados reflete uma operação realizada no mês de janeiro, em Minas Gerais, quando ocorreu o maior resgate de trabalhadores desde 2015. A ação fiscal foi realizada em uma usina de cana-de-açúcar. No estabelecimento foram resgatados de uma só vez 273 trabalhadores em condições de trabalho análogo ao de escravo.
Em relação ao perfil social das pessoas resgatadas de escravidão contemporânea até o momento em 2022, dados do seguro-desemprego do trabalhador resgatado mostram que 95% são homens; 31% tem entre 30 e 39 anos e 49% residem na região nordeste.
Quanto ao grau de instrução, 23% declararam possuir até o 5º ano incompleto, 17% haviam cursado do 6º ao 9º ano incompletos. Do total, 6% dos trabalhadores resgatados em 2021 eram analfabetos.
Conteúdo - Camograndenews
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