Um cenário otimista para o milho está se desenhando em Mato Grosso do Sul com a industrialização. O Estado que já é o segundo produtor de biocombustível no país, ficando atrás apenas de Mato Grosso, tem previsão para ampliar ainda mais seu potencial interno.
"Nós com uma planta somos o segundo em produção de etanol de milho do país. E vamos ter a segunda planta em Maracaju sendo inaugurada em agosto, com previsão de operar já em setembro. Redefinimos o mercado de milho no Estado”, destacou o titular da Semadesc (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação), Jaime Verruck.
A previsão para 2024 é que Mato Grosso do Sul produza 10 milhões de toneladas, sendo que parte dessa safra de milho, três milhões, seja absorvida nessas empresas de etanol. Com o mercado industrial interno em alta, o milho processado se torna um produto final com valor agregado.
“Mato Grosso do Sul deixa de ter disponibilidade para exportar milho e passa a desenvolver essa cadeia produtiva de etanol. Lembrando que o biocombustível de etanol gera etanol e leva DDGS (grãos de destilaria secos com solúveis), um farelo de milho que é utilizado para ração animal, principalmente bovinocultura. E gera óleo de milho também”, acrescentou Verruck.
A Inpasa Brasil anunciou nesta semana um investimento de R$ 400 milhões na planta de Dourados para produção de etanol neutro, utilizado em bebida, remédio, perfume, neutralização de etanol e também um óleo especial utilizado em fármacos.
A meta do governo do Estado é ter a partir do ano que vem a possibilidade de retirar três milhões de toneladas que seriam exportadas para serem processadas aqui. Desta forma, tem incentivado a produção do grão na janela de produção. Só no último FCO (Fundo Constitucional de Financiamento do Centro-Oeste) foram aprovados 12 projetos de irrigação para aumentar a produção de milho.
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