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13/12/2022 às 17:00, Atualizado em 13/12/2022 às 19:46

Ministério Público pede bloqueio de bens da mãe do traficante Jarvis Pavão

Nair Chimenes foi indiciada após a intervenção na Fazenda 4 Filhos, onde foram encontrados 111 kg de cocaína

O promotor antidrogas Carlos Alcaraz pediu à Justiça nesta segunda-feira (12) o bloqueio de bens de Nair Chimenes, mãe do traficante de drogas Jarvis Chimenes Pavão. A mulher é acusada de lavagem de dinheiro e associação criminosa em processo de 2007.

Conforme o site Capitanbado, Nair Chimenes foi indiciada após a intervenção na Fazenda 4 Filhos, onde foram encontrados mais de 111 quilos de cocaína. Ela e José Martínez Mendi Pavão são acusados de ocultar, por meio de operações comerciais realizadas de forma permanente, a origem das mercadorias vindas de atividades ilegais.

A Fazenda 4 Filhos foi registrada em 2018 em favor do Estado paraguaio, em nome da Senabico (Secretaria Nacional de Administração de Bens Apreendidos e Perdidos). Na ocasião, Nair aparecia como dona da empresa Lans Inversiones SA, que segundo o Ministério Público, foi criada para lavar dinheiro do narcotráfico.

Em 2006, a empresa adquiriu cinco propriedades, três delas com extensos hectares em Yby, Concepción e Horqueta. Em 2015, Nair Chimenes compareceu à Justiça, após sete anos foragida, e foi beneficiada com prisão domiciliar.

Operação - No dia 22 do mês passado, a Polícia Federal deflagrou a terceira fase da Operação Pavo Real, para cumprir 16 mandados de busca e apreensão contra membros da organização criminosa comandada pelo narcotraficante sul-mato-grossense Jarvis Gimenes Pavão.

As buscas ocorreram em Rondônia, Bahia, Santa Catarina, Distrito Federal e Mato Grosso do Sul. Nesses estados e no DF, os policiais também cumpriram o sequestro de 16 veículos e 66 imóveis ligados à quadrilha.

Condenado - Condenado a pelo menos 60 anos de prisão por tráfico internacional de cocaína, Jarvis Pavão está recolhido atualmente no Presídio Federal de Brasília. Em dezembro de 2017, ele foi expulso do Paraguai e entregue à PF brasileira depois de cumprir oito anos de prisão por tráfico naquele país.

Enquanto esteve preso no Paraguai, Pavão ficou conhecido pela mordomia em que vivia no presídio de Tacumbú, na capital Asunción. Com a conivência de autoridades corruptas, ele construiu sua própria cela, onde tinha ar condicionado, sala de reuniões, cozinha e cama king.

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