Publicado em 15/09/2024 às 13:34, Atualizado em 15/09/2024 às 11:00
Dados são de boletim divulgado pelo Ministério do Meio Ambiente
Dos 116 incêndios registrados no Pantanal, 83 já foram extintos, enquanto 33 ainda permanecem ativos, sendo 21 deles controlados. Essas informações foram divulgadas pelo Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima na última terça-feira.
O boletim também destacou que, além do Pantanal, os esforços federais contribuíram para extinguir e controlar 65% das queimadas nas regiões da Amazônia e do Cerrado, segundo o site Campograndenews.
Entre 1 de janeiro e 1 de setembro de 2024, o Pantanal perdeu 1.708.750 hectares para o fogo, representando 11,3% da área total do bioma. Na Amazônia, 8.054.350 hectares foram devastados, equivalentes a 1,9% de sua extensão. Já no Cerrado, 8.994.925 hectares foram queimados, o que corresponde a 4,53% do bioma. A maior parte dos incêndios é atribuída à combinação de fatores climáticos extremos, como a seca mais severa dos últimos 75 anos, além do uso inadequado do fogo.
A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, destacou em entrevista a importância de endurecer as penalidades para crimes ambientais, como as queimadas ilegais. Segundo Marina, a criação de uma figura legal que reconheça a 'emergência climática' seria fundamental para fortalecer o combate às queimadas provocadas por ação humana. "Não é justo que você tenha uma ação criminosa com intenção de queimar e depois fique todo mundo cobrando das instituições públicas que corram atrás do fogo", afirmou.
O reforço do planejamento das ações no Pantanal começou em setembro de 2023, com o Governo Federal adotando medidas preventivas para evitar que as queimadas atingissem proporções ainda maiores. O agravamento das mudanças climáticas, a escassez hídrica e o uso indevido do fogo resultaram na antecipação das temporadas de incêndios. Contudo, as ações preventivas têm ajudado a mitigar os danos e a evitar cenas de destruição ainda mais intensas.
A criminalização das queimadas ilegais e o aprimoramento das políticas de adaptação climática são prioridades nas estratégias de combate aos incêndios. Para Marina Silva, o legado dessa gestão será um plano estruturado para adaptar o país às mudanças climáticas, focando em ações de prevenção e controle do uso inadequado do fogo.