Manifestantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) alegaram ter sido ameaçados pela Polícia Militar durante uma ocupação na fazenda Santa Rosa neste sábado (27), em Mirante do Paranapanema (SP), no distrito de Cuiabá Paulista.
Conforme o diretor regional do MST, Diógenes Rabello, após ação violenta envolvendo mais de 30 viaturas policiais, as 97 famílias presentes na ocupação deixaram o local.
Segundo o movimento, o local se trata de uma terra devoluta e improdutiva. A área já havia passado por ocupações anteriores e 70% do local foi destinado à reforma agrária, mas o restante não foi encaminhado “por negligência da Fundação Instituto de Terras do Estado de São Paulo [Itesp]”.
Desta forma, o objetivo da ação neste sábado foi exigir do Estado a arrecadação imediata do remanescente de terras para assentar as famílias acampadas na região do Pontal do Paranapanema.
Durante a ocupação, equipes da Polícia Militar, Tropa de Choque, Batalhão de Ações Especiais de Polícia (Baep) e Cavalaria teriam ido até o local e ameaçado a usar força militar para retirar os manifestantes caso houvesse resistência.
Conforme Diógenes, os agentes não possuíam mandado ou ordem de despejo por parte dos órgãos competentes.
O que diz a SSP
Em nota ao g1, a Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo (SSP) informou que na manhã deste sábado, a Polícia Militar mediou a desocupação de uma fazenda no distrito de Cuiabá Paulista, região do Mirante do Paranapanema.
“Por volta das 7h30, as equipes foram informadas sobre uma invasão no local. Ao chegarem, verificaram que havia cerca de 20 barracos feitos de lonas e bambus. Os agentes conversaram com as pessoas no local e explicaram que a desocupação do terreno havia sido determinada judicialmente no ano passado e que a medida continuava válida. Diante disso, o local foi desocupado de forma espontânea, sem a necessidade de intervenções ou detenções. A ação contou com a participação de equipes do policiamento rodoviário, Força Tática e do 8º Batalhão de Ações Especiais de Polícia (Baep)”, ressaltou a SSP.
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