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01/12/2016 às 11:09, Atualizado em 01/12/2016 às 14:03

Jornal: Plano de voo foi questionado por falhas antes de decolagem

O plano de voo foi apresentado à funcionária uma hora antes do avião decolar.

O jornal boliviano El Deber publicou uma reportagem nesta quinta (01), a qual aponta alguns fatores pelos quais o avião da LaMia, que levava a equipe da Chapecoense para Medellín, não deveria ter deixado a cidade de Santa Cruz de la Sierra, na Bolívia.

A reportagem aponta um documento, no qual a funcionária do Aeroporto Internacional de Viru Viru, de Santa Cruz de la Sierra, Celia Castedo Monasterio, responsável por revisar os planos de voo, questiona pontos do plano de voo apresentado por Álex Quispe, um dos tripulantes da aeronave que caiu. Quispe foi uma das vítimas que morreu no acidente.

O plano de voo foi apresentado à funcionária uma hora antes do avião decolar. Castedo responde que a autonomia do voo não era a adequada, que faltava um plano de voo alternativo, que o informativo de voo foi mal preenchido e que era necessário fazer mudanças.

A única rota prevista, a qual não foi feita, era de que haveria uma parada para reabastecimento em Bogotá, na Colômbia.

A principal observação era sobre o tempo de voo previsto de Santa Cruz de la Sierra até o aeroporto de Medellín. O tempo era exatamente igual a quantidade de combustível da aeronave, não prevento possíveis atrasos.

O El Deber ainda descreve uma resposta do tripulante Álex Quispe após receber as indicações de mudanças de Celia Castedo. Quispe disse que o capitão do voo havia passado a informação anterior e "que o tempo seria suficiente".

"Não senhora Celia, essa autonomia que me passaram é suficiente. Assim, não apresento mais nada. Vamos fazer o plano em menos tempo, não se preocupe. É assim, isso está bem", diz o documento descrito pelo El Deber.

O jornal ainda ressalta que o que a funcionária pretendia evitar era que em uma situação de o avião precisar fazer manobras não previstas, o avião ficasse sem combustível provocando falha dos motores, corte do sistema elétrico e posterior queda.

Enquanto a notícia surge, o representante da LaMia continua afirmando à imprensa que "não entende por que o avião não fez uma parada para reabastecimento em Bogotá". "Estamos esperando a investigação. Mas se for considerado que não havia combustível, ele teria que ter entrado em Bogotá para reabastecer", acrescenta.

Fonte - UOL

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