Mais da metade das cidades de Mato Grosso do Sul enfrenta problemas com a presença de javalis espalhados na zona rural.
O animal geralmente anda em bando e causa grande destruição em plantações. O crescimento da população de javalis, segundo estudos da Embrapa Pantanal, aumentou consideravelmente de 2007 para cá. Por isso mesmo há pesquisa para descobrir como controlar esse crescimento.
O biólogo Fernando Ibanez Martins coordena esse estudo desde 2014. O trabalho é denominado “Atividade, Movimentação e Uso do Espaço por Javalis em Agroecossistemas de MS” e recebe recursos da Fundação de Apoio ao Desenvolvimento do Ensino, Ciência e Tecnologia de Mato Grosso do Sul (Fundect), Embrapa e Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).
Em Rio Brilhante, onde pesquisadores fizeram entrevista com produtores, os prejuízos atingiram 30% da produção.
Os javalis atacam principalmente as lavouras de milho, soja e cana de açúcar, três alimentos preferidos desses animais.
“Além dos fatores econômicos, o crescimento populacional dos javalis implica em danos ambientais e sanitários", afirmou Fernando Ibanez Martins.
De acordo com ele, o rebanho também pode ser atingido com doenças que são transmitidas a partir dessa espécie. "Eles predam espécies nativas, destroem nascentes e podem transmitir doenças nocivas aos rebanhos do Estado (dentre elas a peste suína clássica, febre aftosa e brucelose)", explicou.
A pesquisa coordenada por Martins captura os javalis e os javaporcos (criações que misturam animal doméstico com o feral) a partir de armadilhas e são instaladas coleiras com GPS para que que seja possível monitorá-los. Essas informações serão repassadas a produtores rurais do Estado.
O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Renováveis (Ibama) tem regulamentação que permite o abate desses animais.
(Com informações do Correio do Estado).
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