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11/07/2024 às 14:30, Atualizado em 11/07/2024 às 12:01

Institutos federais pedem R$ 1 bilhão para ajudar na alimentação de estudantes

Cerca de 80% dos alunos tem renda familiar de até dois salários mínimos

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Campus de Nova Andradina (Foto reprodução IFMS)

Dirigentes de institutos federais, Cefets e do Colégio Pedro II estão intensificando esforços junto ao Congresso Nacional para garantir um aumento no orçamento de 2025 destinado à rede de ensino técnico do país.

Atualmente, essa rede atende 1,5 milhão de estudantes, sendo mais de 85% provenientes de famílias de baixa renda (com ganhos de até dois salários mínimos por mês). Segundo dados da Plataforma Nilo Peçanha do Ministério da Educação (MEC), 60% desses estudantes são mulheres e 54% são negros.

Elias Monteiro, presidente do Conselho Nacional das Instituições da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica (Conif), destacou a importância do financiamento adequado para garantir a permanência dos jovens na educação.

Em um encontro no Congresso, Monteiro e um grupo de 30 reitores pediram emendas suplementares ao Projeto de Lei Orçamentária (Ploa) de 2025, buscando evitar cortes e garantir recursos essenciais para a rede.

O orçamento atual do Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae) destinado aos institutos federais é de R$ 55 milhões, valor considerado insuficiente para atender às necessidades de quase 357 mil estudantes em todo o país.

Elias Monteiro também enfatizou a necessidade de um aporte adicional de R$ 1,1 bilhão para garantir que todos os alunos recebam ao menos uma refeição quente por dia nas unidades de ensino.

Desde 2016, o orçamento da rede tem diminuído, enquanto o número de matrículas e de unidades acadêmicas continua a crescer. Com 633 unidades acadêmicas hoje, as instituições federais oferecem 5,3 mil cursos técnicos e 2,4 mil cursos de graduação em 578 municípios.

Os reitores estimam que a rede necessita de pelo menos R$ 4,7 bilhões para operar no próximo ano.

Elias Monteiro ressaltou que a falta de recursos contribui para a evasão escolar, afetando negativamente os estudantes, muitos dos quais enfrentam condições socioeconômicas desafiadoras.

Além de solicitar apoio aos parlamentares para emendas parlamentares, os dirigentes aguardam uma resposta do governo federal em relação às suas demandas, considerando também os recentes investimentos anunciados no âmbito do novo PAC para a infraestrutura educacional e a expansão dos campi pelo país.

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