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30/08/2017 às 09:01, Atualizado em 29/08/2017 às 22:42

Imigração é tema de reunião ampliada em Nova Andradina

A SEMCIAS promoveu a reunião com foco nas políticas públicas específicas à população haitiana que reside no município.

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Foto: João Claudio

Na última sexta-feira (25) nas dependências do auditório da Prefeitura, a Secretária Municipal de Cidadania e Assistência Social promoveu importante reunião ampliada para tratar de assuntos referentes a seguridade e promoção de direitos de pessoas imigrantes, especificamente, a população haitiana que reside no município.

Durante a reunião foram abordadas as prioridades e necessidades da população haitiana, que imigraram para o Brasil em busca de emprego e melhoria na qualidade de vida. Em janeiro de 2010, um terremoto de magnitude 7 MW atingiu o Haiti. Cerca de três milhões de pessoas foram atingidas, levando a óbito aproximadamente 200.000 pessoas. Além das vidas perdidas e afetadas, o desastre abalou enormemente as construções do local atingido. Prédios comerciais e residenciais, assim como escolas e hospitais tiveram suas estruturas muito abaladas ou destruídas. Diante do impacto do terremoto, sistemas de transporte, energia, saúde e comunicação foram extremamente atingidos, chamando a atenção da comunidade internacional, que atendeu os mais diversos pedidos de ajuda humanitária, mesmo com todo o caos e dificuldades estruturais existentes decorrentes do sismo.

Com o passar do tempo, a situação foi piorando, devido à demora no atendimento dos pedidos de ajuda, que fez com que os setores de segurança e saúde passassem a enfrentar um cenário crítico, com protestos públicos e violência. Com este cenário, muitos imigrantes haitianos saíram pelo mundo em busca de oportunidade, e Nova Andradina foi um dos locais de refúgio desta população.

Hoje cerca de 70 haitianos residem no município, fenômeno que despertou a solidariedade de parte dos nova-andradinenses, e que provocou o município a efetivar políticas públicas em favor desta população. No entanto, essas políticas emergenciais carecem de organização e enfrentam dificuldades com a comunicação devido o aspecto peculiar do idioma haitiano (a maioria fala o créole e francês), fator que limita o acesso a rede de serviços a estes imigrantes.

A reunião ampliada ocorreu com foco em orientar e auxiliar esta população em ações e garantias de direitos. Foram apresentadas as principais dificuldades encontradas e proposto uma agenda de trabalho onde cada representante dos setores se comprometeram em realizar ações como formalizar a associação, encaminhamentos para o mercado de trabalho, capacitações, ações sociais e de cidadania e a realização de audiência pública visando ampliar as discussões sobre a temática.

“A realidade da imigração mundial pede que tenhamos um olhar cuidadoso, unindo as parcerias e realizando um plano de trabalho em conjunto para atender os povos que imigram para Nova Andradina”, pontuou Julliana Ortega. Já o representante da comunidade haitiana falou da cultura de solidariedade predominante entre seus compatriotas. “Nós somos um povo que se ajuda e por isso não estamos em uma situação pior, sempre dividimos tudo o que temos”, comentou Butho Chnissostone, residente há 2 anos em Nova Andradina.

Na reunião, além da titular da SEMCIAS Julliana Ortega, estiveram presentes a sub secretária Sonia Amaral, a defensora pública Daniella de Oliveira, a delegada da Delegacia de Atendimento à Mulher Daniella de Oliveira, a gerente da Agehab Marcia Lobo, o professor Augusto Francisco, a gerente de proteção social básica Ana Kelly Clemente, a coordenadora do CRAS Durval Andrade Filho Vera Telles, a coordenadora do CRAS Irman Ribeiro Ester Oliveira, a gerente de proteção social especial Fabiana Barbosa dos Santos, o representante do CREAS Gilberto Laguna, a gerente da Casa do Trabalhador Maria Aparecida dos Santos, a coordenadora do Centro de Atendimentos a Mulher Lucineia Rodrigues, o representante do gabinete do presidente da Câmara Charles Henrique Muller, o representante da associação de haitianos Butho Chnissostone e a acadêmica do curso de Língua Portuguesa Aline Franco.

Fonte - Assessoria

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