Publicado em 13/07/2022 às 09:30, Atualizado em 13/07/2022 às 10:47
A Funsaud (Fundação de Serviços de Saúde de Dourados), que administra o Hospital da Vida, que atendeu a jovem Andressa de Souza, de 20 anos, morta em decorrência de uma infecção generalizada, divulgou, nesta terça-feira, dia 12 de julho, uma nota oficial onde comunica que é impossível relacionar o óbito da jovem com a colocação do piercing.
Andressa morreu no último sábado (9), no hospital em Dourados. A Fundação afirma que o diagnóstico da morte foi infecção generalizada, que chegou a atingir o cérebro. A mãe da jovem, Maria Aparecida, de 47 anos, comentou que dias antes de apresentar os primeiros sintomas, Andressa reclamou de muitas dores de cabeça e sonolência.
A família chegou a desconfiar que ela estivesse com dengue. “Várias pessoas pegaram dengue lá em casa. Minha filha estava com dor de cabeça e febre. O médico medicou a Andressa e ela veio embora", detalhou a mãe.
Na segunda ida ao hospital, ainda em Itaporã, onde morava, Andressa foi encaminhada para o Hospital da Vida de Dourados, que fica a apenas 16,8 km do primeiro município. De acordo com a nota da Fundação, ela deu entrada no dia 15 de junho com histórico de crise convulsiva e suspeita de comprometimento neurológico grave.
Após quase um mês de internação, Andressa morreu no sábado (9), após ter cinco paradas cardíacas, aponta a mãe dela. Segundo Maria Aparecida, um médico da instituição disse à família que a infecção generalizada, que causou a morte da jovem, pode ter sido provocada pela inflamação do piercing que ela colocou dias antes dos primeiros sintomas.
Contudo, a nota oficial do hospital alega que é impossível realizar essa correlação. “Não é possível afirmar que a evolução do quadro clínico da paciente até seu óbito tenha referência com a colocação do piercing”, detalha o comunicado, divulgado nesta terça.
Leia a seguir a íntegra da nota oficial:
A paciente foi encaminhada para o Hospital da Vida que a unidade de referência em neurocirurgia, via vaga zero, pelo município de Itaporã, no dia 15 de junho de 2022, com histórico de crise convulsiva e suspeita de comprometimento neurológico grave.
Após admissão foi atendida pelas equipes de neurocirurgia e infectologia em ambiente de UTI. Foi abordada cirurgicamente para drenagem de abcesso cerebral, sendo mantida sob cuidados intensivos, evoluindo desfavoravelmente até a data do óbito (09/07/22) com diagnóstico de choque séptico e encefalite.
Não é possível afirmar que a evolução do quadro clínico da paciente até seu óbito tenha referência com a colocação do piercing.
Com informações do G1