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05/12/2018 às 17:25, Atualizado em 05/12/2018 às 15:27

Homens e brancos têm salários maiores que mulheres e pretos ou pardos em MS

Conforme o IBGE, em Mato Grosso do Sul esse percentual é quase três vezes menor do que na média existente no país.

O IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) apresentou nesta quarta-feira (5/12) os resultados da ‘Síntese de Indicadores Sociais: uma análise das condições de vida da população brasileira’. O levantamento com dados consolidados do ano passado, também mostra um abismo nas finanças do trabalhador brasileiro, fato que se reflete no Mato Grosso do Sul.

Conforme a pesquisa, em 2017, o rendimento das mulheres no Estado era de R$ 1.672, em média, aproximadamente 25,5% menor do que dos homens, R$ 2.243. Em nível de Brasil, a diferença é de 29,7% - R$ 2.261 e R$ 1.743.

Já em relação as pessoas pretas ou pardas, o ganho médio é de R$ 1.743, 25,1% menor do que das pessoas brancas, que recebem em média, segundo o levantamento, R$ 2.315.

Conforme o IBGE, em Mato Grosso do Sul esse percentual é quase três vezes menor do que na média existente no país. Enquanto no geraL, em 2017 brancos recebiam R$ 2.615, os pretos ou pardos tinham rendimento de R$ 1.513, diferença de 72,5% entre os dois.

Taxa de desocupação

Ainda de acordo com a Síntese de Indicadores Sociais, a taxa de desocupação em Mato Grosso do Sul aumentou entre os anos de 2012 e 2017, segundo dados da PNAD Contínua, passando de 6,1% para 9,5%, em cinco anos.

Na comparação por sexo, a variação negativa foi maior entre as mulheres (4,2%) do que entre homens (2,8%).

Em relação a cor ou raça, houve um aumento mais expressivo entre pessoas pretas ou pardas (4,4%). Já entre as pessoas brancas ficou em 2,1% entre os anos apresentados, conforme o indicador do IBGE.

Pobreza

De todos os Estados, Mato Grosso do Sul tem o 8º menor percentual de pessoas na linha de pobreza. Em 2017, 18,9% da população local recebia até US$ 5,5 por dia, valor considerado para medir o índice.

Com relação às inadequações nas condições de moradia, 0,1% dos sul-mato-grossenses vivem em situação inadequada de banheiro; 0,9% em situação de inadequação de paredes externas; 4,7% em adensamento excessivo, que é uma situação onde o domicílio tem mais de três moradores para cada cômodo utilizado como dormitório; 4,7% em situação de ônus excessivo, quando o valor do aluguel iguala ou supera 30% do rendimento domiciliar.

Em síntese, 9,7% do total de pessoas residem em moradia com ao menos uma inadequação dentre as citadas.

Já com relação ao saneamento básico, 8,4% da população de Mato Grosso do Sul não tinha acesso à coleta direta ou indireta de lixo; 11,6% não contava com abastecimento de água por rede geral; 59,1% não tinha esgotamento sanitário por rede coletora ou pluvial; e 60,2% da população contava com ao menos uma deficiência de acesso aos serviços de saneamento básico.

Por fim, no que se refere a restrições de acesso, o Estado tinha 29,7% de sua população com restrição de acesso à educação; 10% com restrição de acesso à proteção social; 9,7% à moradia; 60,2% ao saneamento; 19,8% à internet; e 15,2% da população tinha ao menos três restrições dentre as citadas. (Com informações Agência IBGE).

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