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01/06/2018 às 06:31, Atualizado em 31/05/2018 às 15:17

Governo libera verba e gasto da greve com militares deve chegar a R$ 193 mi

A Operação São Cristóvão foi deflagrada no último dia 25, depois que o presidente Michel Temer (MDB) autorizou a ação GLO (Garantia de Lei e da Ordem) com foco na desobustrução de estradas e na garantia de abastecimento de alimentos e combustíveis pelo país.

O governo federal liberou R$ 80 milhões para as Forças Armadas em razão da atuação dos militares durante a greve dos caminhoneiros, que começou na semana passada. A liberação consta da edição extra do DOU (Diário Oficial da União) publicada na noite da última quarta-feira (30). Com essa liberação, a ação dos militares durante a greve deverá custar em torno de R$ 193 milhões.

A Operação São Cristóvão foi deflagrada no último dia 25, depois que o presidente Michel Temer (MDB) autorizou a ação GLO (Garantia de Lei e da Ordem) com foco na desobustrução de estradas e na garantia de abastecimento de alimentos e combustíveis pelo país.

Inicialmente, o governo havia garantido R$ 113 milhões para a ação. Entretanto, os militares argumentaram que a extensão da greve e o emprego de mais pessoal nas ações teria elevado os custos em pelo menos mais R$ 80 milhões.

Forças militares atuaram em diversos estados do Brasil com o uso de caminhões, blindados e até helicópteros para fazer a escolta de comboios de caminhoneiros que queriam deixar os bloqueios nas rodovias do país.

De acordo com o Ministério da Defesa, a Operação São Cristóvão está sendo coordenada pelas Forças Armadas, mas conta com o apoio de 22 agências governamentais.

Ao longo da paralisação, ficou constatado que parte dos caminhoneiros defendia bandeiras como a intervenção militar em resposta à crise política.

O apelo pelas Forças Armadas entre os caminhoneiros causou preocupação no Palácio do Planalto. Havia o temor sobre como a possível complacência ou simpatia dos militares em relação aos grevistas poderia criar um clima de instabilidade dentro das próprias Forças Armadas.

O temor cresceu a tal ponto que, na ultima terça-feira (29), o ministro do GSI (Gabinete da Segurança Institucional), Sergio Etchegoyen, veio a público durante entrevista coletiva para rechaçar os temores de que militares poderiam estar cogitando um golpe. "Não vejo nenhum militar, não vejo Forças Armadas pensando nisso", disse.

Fonte: UOL

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