Publicado em 16/02/2023 às 15:30, Atualizado em 16/02/2023 às 11:05
A iniciativa foi muito bem recebida pela primeira-dama Mônica Riedel, que atua nas questões sociais no Estado.
Visando garantir mais segurança alimentar e nutricional regular a milhares de famílias em situação de vulnerabilidade de Mato Grosso do Sul, o Governo do Estado quer criar novas iniciativas para ajudar a melhorar estes indicadores. Atualmente Mato Grosso do Sul já conta com inúmeras ações neste sentido que vão do Mais Social que garante R$ 300 por mês em cartão de compras para mais de 80 mil famílias de menor renda, a programas como o Alimenta Brasil e o PAA da Agricultura Familiar. Mas além destes, a Semadesc (Secretaria e Meio Ambiente, Desenvolvimento, Tecnologia e Inovação) por meio da Ceasa (Central de Abastecimento de Mato Grosso do Sul) estuda a criação de uma nova proposta utilizando alimentos "rejeitados" por conta de más condições estéticas ou falta de demanda pelos comerciantes que atuam hoje na Ceasa.
Na manhã desta quarta-feira (15), a ideia foi apresentada pelo diretor da Ceasa-MS, Daniel Mamédio, em reunião com a presença da primeira-dama Mônica Riedel, o titular da Semadesc, Jaime Verruck, e o secretário-adjunto Ademar Silva Júnior. A proposta, segundo o titular da Semadesc, Jaime Verruck segue os moldes de um programa criado no Ceará, o Mais Nutrição que proporciona alimento saudável para famílias em situação de vulnerabilidade social. O programa oferta produtos com valor nutritivo e combate o desperdício de alimentos. Equipe da Ceasa, coordenada pelo diretor da Ceasa-MS foi conhecer in loco o projeto cearense.
De acordo com Mamédio, a iniciativa mantém um banco de alimentos “in natura” que seriam desperdiçados pelos comerciantes da Ceasa do Ceará, por falta de demanda ou condições estéticas, mas que permanecem adequados ao consumo humano e contém suas características nutricionais preservadas. Além disso, realiza a produção de polpas de frutas e, por fim, produz o mix para a transformação em sopa através da desidratação de legumes (mandioca, cenoura, batata, abóbora, beterraba). A fabricação conta com a doação mensal de e macarrão e proteína de soja. O mix tem ampla capacidade de atendimento, por ser de fácil e rápido preparo (um quilo de sopa prepara 40 porções) e de prazo de um ano de validade para consumo.
Redução de desperdício
Hoje na Ceasa-MS os 66 permissionários, 100 comerciantes ligados a Coopgrande e 35 produtores da agricultura familiar produzem algo em torno de 720 mil quilos ao ano que viram adubo para compostagem. "A ideia é usar estes alimentos em boas condições neste processo de desidratação e elaboração de compostos que podem ser destinados a população de baixa renda agregando mais valor ao Mais Social", salientou o diretor da Ceasa.
A iniciativa foi muito bem recebida pela primeira-dama Mônica Riedel, que atua nas questões sociais no Estado. Ela destacou que a multimistura poderia ser um incremento na alimentação das famílias que recebem o Mais Social. "Além de ser um incremento no Mais Social, a iniciativa tem uma pegada forte de sustentabilidade, de melhor aproveitamento dos alimentos e redução de desperdício. Essa é uma das premissas que vamos trabalhar dentro do Governo", destacou.
O secretário Jaime Verruck destacou a importância de se buscar maneiras de fazer uma redução no desperdício dentro do Ceasa-MS e de quebra melhorar a segurança alimentar dos sul-mato-grossenses. "Ao realizar o combate a perda e o desperdicio de alimentos, beneficiamos toda uma cadeia de produtos e preservamos ainda os recursos naturais", frisou lembrando que a Semadesc vai solicitar um estudo para verificar a viabilidade desta iniciativa. "Vão ser levantados equipamentos, custos, possíveis parceiros, para que possamos avançar na ideia", finalizou.