O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), comentou nesta domingo (19) o que ele chamou de “perseguição” do governo de Jair Bolsonaro (PL) a funcionários da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
Na última quinta-feira (16), em sua live semanal, o presidente disse que pediu “extraoficialmente” os nomes dos servidores envolvidos no processo de análise e autorização da aplicação da vacina da Pfizer contra a covid-19 em crianças com idade em 5 e 11 anos. O objetivo de Bolsonaro seria expor essas pessoas aos seus seguidores.
“A perseguição aos técnicos da Anvisa é uma vergonha nacional. Mostra como o discurso do ódio chegou a níveis alarmantes no país. Aos servidores da agência, expresso minha solidariedade. Conclamo que as autoridades policiais investiguem e garantam a segurança das famílias”, disse Gilmar Medes.
Já a Anvisa emitiu uma nota afirmando “repudiar com veemência” as ameaças do presidente.
“A Anvisa está sempre pronta a atender demandas por informações, mas repudia e repele com veemência qualquer ameaça, explícita ou velada que venha constranger, intimidar ou comprometer o livre exercício das atividades regulatórias e o sustento de nossas vidas e famílias: o nosso trabalho, que é proteger a saúde do cidadão”, disse o órgão.
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