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22/09/2024 às 09:00, Atualizado em 21/09/2024 às 23:42

Festival Paralímpico incentiva inclusão e apresenta novas modalidades esportivas a crianças e jovens

Leandro Fonseca, diretor de Excelência e Capacitação Esportiva da Fundesporte, salientou o Festival como uma porta de entrada para futuros atletas.

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Foto: Daniel Reino/Setesc

Na manhã deste sábado (21), o Festival Paralímpico foi realizado no Centro Poliesportivo Mamede Assem José (Vila Almeida), em Campo Grande. Organizado pelo CPB (Comitê Paralímpico Brasileiro), em parceria com o Governo de Mato Grosso do Sul, por meio da Fundesporte (Fundação de Desporto e Lazer) e da Setesc (Secretaria de Estado de Turismo, Esporte e Cultura), o evento teve como objetivo ampliar a visibilidade das modalidades paralímpicas e incentivar a prática esportiva entre pessoas com deficiência.

Durante a abertura, o secretário de Estado de Turismo, Esporte e Cultura, Marcelo Miranda, destacou a importância do evento para motivar pessoas com deficiência a se envolverem no esporte. “Este festival é uma oportunidade incrível de mostrar que todos são capazes, que há espaço para todos no esporte. O apoio do Governo do Estado e do governador Eduardo Riedel ao esporte paralímpico é incondicional. O esporte transforma vidas, e para pessoas com deficiência isso faz toda a diferença", afirmou Miranda, agradecendo também aos pais dos paratletas pelo apoio e incentivo contínuos.

Yeltsin Jacques, campeão do atletismo e recordista mundial na Paralimpíada de Paris-2024, marcou presença na cerimônia de abertura e compartilhou a relevância do esporte em sua trajetória. "O esporte foi transformador na minha vida. Ele me proporcionou não apenas conquistas como atleta de alto rendimento, mas também oportunidades de educação, autonomia e autoconfiança. Estar aqui hoje é emocionante, pois eu também comecei experimentando várias modalidades, como essas crianças, e isso me ajudou a conhecer meu corpo e superar limitações".

Leandro Fonseca, diretor de Excelência e Capacitação Esportiva da Fundesporte, salientou o Festival como uma porta de entrada para futuros atletas. "Este evento, realizado simultaneamente nas 27 capitais do país, é fundamental para que crianças com deficiência possam experimentar diferentes modalidades e iniciar suas jornadas no esporte. Algumas podem até se tornar atletas de alto nível no futuro".

Entre os participantes, Kawandry José Reis, de 19 anos, paratleta da bocha, compareceu ao evento acompanhado por sua mãe, Jéssica Patrícia dos Reis. Ela relatou o impacto positivo do esporte na vida do filho. “Ele sempre foi envolvido com esportes por causa do irmão que joga futebol. Quando a bocha entrou na vida dele, foi incrível, ele percebeu que ser cadeirante não o impede de se envolver no esporte, conhecer novas pessoas e se manter ativo".

Outro destaque foi Máximus Eduardo Bueno, de 12 anos, paratleta da natação, que revelou seu sonho de participar das Paralimpíadas de 2028. "A natação para mim é felicidade, adoro nadar e estou treinando muito para chegar lá", disse Máximus, que enfrenta uma deficiência causada por um câncer que quase seccionou sua medula. Seu acompanhante, Eliézer Patrick Bueno, reforçou o papel do esporte na vida do jovem. "Ele tem se dedicado bastante, e o esporte tem melhorado muito sua qualidade de vida", afirmou.

Adriana Bringel Gomes, professora de Educação Física e responsável pelo halterofilismo no evento, ressaltou os benefícios do esporte para o desenvolvimento social, físico e psicológico das pessoas com deficiência. "O esporte traz o melhor de nós, promove amizades e tira essas crianças de casa, colocando-as em contato com novas experiências. O halterofilismo é uma modalidade nova no movimento paralímpico e eles estão adorando. É fundamental que mais pessoas conheçam e participem desse movimento", concluiu.

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