Publicado em 12/06/2021 às 09:00, Atualizado em 11/06/2021 às 22:21

Federação vai à Justiça contra lockdown em MS: 'vai faltar dinheiro pra comer'

Dirigente da CDL em Campo Grande diz que 'fecha tudo' pode durar 30 dias

Redação,

Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas de MS prometeu, nesta sexta-feira (11), ir à Justiça contra o lockdown de 15 dias, decretado pelo Governo do Estado. Para a entidade, sem trabalhar, a população não vai ter dinheiro nem para comer.

A manifestação foi feita em entrevista coletiva, com membros da federação e da Câmara de Dirigentes Lojistas de Campo Grande. O presidente da CDL, Adelaido Vila, demonstrou preocupação porque a restrição severa pode durar até 30 dias.

“Da forma em que está colocada a Deliberação [decreto], mesmo que o município saia da bandeia cinza e chegue à bandeira vermelha, o comércio seguirá fechado e só poderá voltar a funcionar se chegar na bandeira laranja”, refletiu o dirigente.

Para Vila, a permissão para atendimento via delivery não resolve a situação crítica dos comerciantes.

‘’... não vai resolver, uma vez que sem trabalhar, a população não terá dinheiro nem para se alimentar”, acrescentou Adelaido.

O comandante da CDL de Campo Grande ponderou, no entanto, que as entidades que representam o varejo na Capital e no Estado não negam a pandemia e a gravidade da situação.

‘’O que queremos é respeito pelo setor, que gera 65% dos empregos e ações transparentes que tragam soluções”, refletiu novamente.

Federação

A presidente da FCDL-MS, Inês Santiago, disse que o decreto estadual que implementa o lockdown de 15 dias tem nulidades e prejudicam diretamente os bares, restaurantes e outros setores que são classificados como ‘’não essenciais’’.

“Mais uma vez o governo surpreende todo o varejo de Mato Grosso do Sul. Nossa tese é que este decreto possui vícios que fazem com que esse ele não possa perdurar”, desabafou Santiago.

Ainda segundo Inês, a competência para definir as regras sobre o comércio, como abertura e fechamento dos estabelecimentos, seria dos municípios e não do Estado.

Com informações do TopmidiaNews